ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro: PCDs levam inclusão e superação à praia de Jacaraípe, em Serra

A categoria, exclusiva do evento que será realizado neste mês de setembro, terá baterias para atletas amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais, que superam seus limites no mar. Em 2024, emoção tomou conta de todos que acompanharam a disputa

ZDL SPORTS
05/09/2025 15h35 - Atualizado há 1 dia

ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro: PCDs levam inclusão e superação à praia de Jacaraípe, em Serra
Rodrigo Gavini/ArcelorMittal
O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2025, apresentado por Extrabom, movimentará a praia de Jacaraípe, em Serra, no Espírito Santo, entre os dias 11 e 21 deste mês. Última etapa feminina do Circuito Mundial, a competição definirá as campeãs da temporada nas categorias Profissional, Pro Júnior e Máster. A busca pelos títulos mundiais é garantia de muita disputa, mas o evento vai além. É sinônimo de inclusão e superação, com a categoria PCDs, reunindo atletas amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais, entre as 120 bodyboarders de mais de 10 países que estarão presentes.

A PCDs , que não conta pontos para o Circuito Mundial, é uma categoria exclusiva do Wahine, que ano a ano faz história no evento, com as atletas desafiando seus limites. E, desde 2024, está ainda mais inclusiva. Além das amputadas e mastectomizadas, competiram também as deficientes visuais.


Na edição 2025, não será diferente. Amputadas, mastectomizadas e deficientes visuais estarão no mar mais uma vez. E a expectativa é de repetir a emoção do ano passado. As provas foram acompanhadas da praia, inclusive pelas demais atletas, levando todos ao choro com a superação das participantes, aplaudindo, incentivando e torcendo.

"Muitas das atletas debutaram na modalidade em 2024, especialmente as visuais. E isso é bem difícil para quem possui deficiência visual (baixa visão ou cega). Foi uma temporada emocionante, principalmente para mim como treinador. Elas cumpriram o papel com um lindo espetáculo de superação. Estamos esperando uma evolução técnica das meninas que participaram ano passado, nesta edição 2025. A emoção e o show estarão garantidos", afirma o professor Hudson Renato, responsável pela categoria PCDs no ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro, técnico esportivo do Comitê Paralímpico Brasileiro - em atletismo e natação paralímpica.

Emoção e superação - Entre as Deficientes Visuais, a campeã de 2024, Renata Bazone, 51 anos, volta em busca do bicampeonato. Carioca, ela chegou a Serra, no Espírito Santo ainda criança. Campeã mundial no atletismo paralímpico, fez sua primeira competição de bodyboarding no evento do ano passado e comemorou o título.

"Nunca tinha tido uma experiência no mar. Até então, nem sabia nadar. Mas, ao receber o convite para o projeto de PCDs no bodyboarding, da Neymara Carvalho, juntamente com a ArcelorMittal, decidi participar. E é muito legal a forma como é feito o trabalho com a atleta e seu guia. Espero repetir esse resultado. Tenho treinado para isso", destaca Renata, que fará novamente a parceria campeã com o guia cearense Dudu Freitas.

Outra atleta capixaba confirmada é Letícia de Oliveira Alves, 16 anos, na Amputadas, vice-campeã em 2023 e 2024. "O Wahine é um evento muito especial para mim", diz a jovem bodyboarder do Espírito Santo.

E a bicampeã na Amputadas, Carla Cunha, de Pernambuco, 43 anos, também estará presente, em busca do tricampeonato - venceu em 2023 e 2024. "Minhas expectativas são sempre as melhores. Quero viver mais essa experiência incrível nesse campeonato que valoriza e incentiva as mulheres no esporte, e que também promove a inclusão de forma exemplar. Estou focada e motivada para dar o meu melhor em busca do tricampeonato, representando com garra e alegria a força da superação do bodyboardïng inclusivo", garante Carla.

Quem também não esconde a motivação em voltar a Serra é a cearense Cristiane Andrade, 46 anos, terceira colocada na Amputadas no ano passado."Estou muito animada para a edição 2025, tenho treinado regularmente para melhorar minhas habilidades e condicionamento físico. Estou também me preparando mentalmente para a competição, e mais do que isso, quero aproveitar a oportunidade para aprender com os outros competidores e absorver novas técnicas e estratégias que agreguem ao meu desempenho. Espero alcançar bons resultados, representar bem a categoria PCD e fortalecer a garra da mulher no esporte",  observa.

Na Mastectomizadas, a também cearense Rangéria Amorim, 48 anos, estará na praia de Jacaraípe pela terceira vez. No ano passado, ficou com a quarta colocação na categoria.

"Estou completando sete anos da retirada do câncer e da minha mama direita. Por meio do contato com o mar, tenho descoberto quem sou. O Wahine, para mim, é além de uma competição. É celebração de vida, da potência feminina e do que o bodyboarding possibilita como manifestação em cada uma das mulheres que foram escolhidas pelo esporte. Fazer parte da categoria de mastectomizadas é sobre representatividade. Juntar-me a outras mulheres que receberam um câncer tem sido um processo de cura que não precisa de palavras. Estar juntas, no mar, é mostrar que viver é uma dádiva e celebramos isso com uma força que é incrivelmente mágica e consegue tocar a quem está assistindo", destaca Rangéria, que integra o @serdelas, grupo de mulheres do bodyboarding.

O ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2025, apresentado por Extrabom, tem patrocínio principal da ArcelorMittal, com patrocínio máster do Governo do Estado do Espírito Santo por meio da LIEC, patrocínio da EDP Brasil, com apoio do Grupo Coroa, Jaklayne Joias e Prefeitura de Serra, realização do INC (Instituto Neymara Carvalho) e IBC (International Bodyboarding Corporation), com homologação da Confederação Brasileira de Bodyboarding.

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DURVALINO VERGILIO DORO JUNIOR
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