Saúde e educação caminham juntas, e dados mostram onde o Brasil precisa avançar

Especialistas ressaltam que o equilíbrio físico e emocional é decisivo para o processo de aprendizagem

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05/09/2025 15h17 - Atualizado há 1 dia

Saúde e educação caminham juntas, e dados mostram onde o Brasil precisa avançar
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Nos dias 5 e 6 de agosto, o Brasil celebrou o Dia Nacional da Saúde e o Dia Nacional dos Profissionais de Educação. Mais do que datas próximas no calendário, elas reforçam uma conexão direta: um indivíduo saudável aprende mais e melhor, enquanto a educação é essencial para formar cidadãos conscientes sobre prevenção de doenças e cuidados com o próprio corpo e mente.

“A saúde e a educação são alicerces essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, equitativa e sustentável”, afirma Ana Carolina Bhering, coordenadora da área de Enfermagem do Senac São Paulo. “Investir no bem-estar físico e emocional dos estudantes e educadores é investir no potencial de aprendizado e no futuro do país”.

O país avançou em alguns indicadores. Dados da PNAD Contínua (IBGE, 2024) mostram que 99,5% das crianças de 6 a 14 anos estão na escola e que a média de anos de estudo na população de 25 anos ou mais chegou a 10,1 anos. Por outro lado, a taxa líquida de jovens de 15 a 17 anos no ensino médio ainda é de 76,7%, abaixo da meta de 85% prevista no Plano Nacional de Educação.

A saúde, por sua vez, segue como fator decisivo para o desempenho escolar. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE 2019), 41% dos adolescentes não praticam atividade física suficiente e 37% consomem refrigerantes com frequência, hábitos que podem afetar a energia, a concentração e a saúde a longo prazo. “O aprendizado não ocorre de forma isolada, ele está profundamente conectado ao bem-estar do indivíduo. Quando um estudante está fisicamente saudável, tem mais concentração e disposição para aprender”, reforça Patricia Cipriano, coordenadora da área de Serviços de Saúde do Senac São Paulo.

Na prática, professores também são agentes de promoção da saúde. “O professor é muitas vezes o primeiro a perceber sinais de sofrimento emocional ou dificuldades físicas que podem comprometer o aprendizado. Ao abordar temas como alimentação saudável, higiene, atividade física e saúde mental em sala de aula, ele planta sementes de consciência que reverberam dentro e fora da escola”, complementa.

Mas os próprios educadores enfrentam obstáculos. Segundo a Fundacentro (2023), estresse, burnout e problemas musculoesqueléticos estão entre as queixas mais frequentes. “O bem-estar do educador é um termômetro do clima escolar. Promover sua saúde é um investimento estratégico”, afirma Karoline Pinto, coordenadora da área de Psicologia do Senac São Paulo.

Mais do que comemorações, 5 e 6 de agosto são um convite para refletir sobre políticas e práticas que integrem saúde e educação de forma estratégica, garantindo que esses dois pilares caminhem lado a lado no desenvolvimento humano e social do país.


 

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TALITA LIMA DOS REIS NAKAMURA
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