Assombro de Bixo lança álbum com mergulho na crítica social com poesia popular e brasilidade

Projeto mineiro divulga debut homônimo

DANIEL CORRêA
02/09/2025 17h51 - Atualizado há 1 dia

Assombro de Bixo lança álbum com mergulho na crítica social com poesia popular e brasilidade
Yan Gabriel
 

A banda mineira Assombro de Bixo desbrava os caminhos da música brasileira com crítica social, poesia popular e musicalidades tradicionais no seu homônimo álbum de estreia. Com referências que vão do improviso do repente às sonoridades afro-brasileiras e nordestinas, o álbum propõe uma viagem sonora guiada por violão de 12 cordas, viola caipira, baixo, flauta, percussões e bateria, criando paisagens que transitam entre o lirismo e a denúncia.

 

Ouça “Assombro de Bixo”: http://tratore.ffm.to/albumassombrodebixo 

 

Em “Angu Vermelho”, a banda transforma em música a indignação diante do desastre de Mariana, denunciando a lama que levou vidas e memórias e o silêncio cúmplice das instituições. Já “Das menines” aposta em lirismo e ironia para narrar um flerte em um forró, evocando afetos dissidentes e a quebra de padrões heteronormativos com leveza e brasilidade.

 

Outras faixas dialogam com o inconsciente coletivo e com tradições musicais brasileiras. “Cantiga ao pé da serra”, por exemplo, carrega a atmosfera da Serra de Ibitipoca e evoca imagens bucólicas que atravessam décadas, enquanto “Papagaio” mergulha na saudade, narrando a espera dolorosa de quem vê o amor partir para o mar. A mistura de temas sociais, afetivos e poéticos dá ao álbum um caráter múltiplo, que tanto denuncia quanto celebra a cultura popular e a resistência simbólica diante do caos contemporâneo.

 

A banda é formada por Bruno Tuler, Augusto Vargas, Victor Hugo, Edwirges Margarita, Isabel Mergh, Mariana de Assis e René Eberle. Inspirada pela cosmogonia dos mundurukus — que dá nome à banda — e homenageando o grupo setentista Bixo da Seda, Assombro de Bixo transita entre o improviso do repente e as musicalidades nordestinas e afro-brasileiras em uma proposta autoral inovadora. 

 

O grupo também se destaca por valorizar artistas da cena de Juiz de Fora e região, como Edson Leão Ferenzini, Ricardo Aguiar Campos e Edmon Neto. Em sua trajetória, participou de importantes eventos culturais, como a 18ª edição do Festival de Viola de Piacatuba — onde conquistou o terceiro lugar interpretando “Capoeirão”, de Ricardo Aguiar —, além de apresentações marcantes no projeto Palco Central, em Juiz de Fora.

 

O álbum foi gravado entre o Estúdio Ladobe e o Na boca da mata - Estúdio em casa e está disponível em todas as plataformas de música. O álbum é resultado de um projeto aprovado no PROGRAMA CULTURAL MURILO MENDES (PCMM) – da Prefeitura de Juiz de Fora, gerenciado pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – Funalfa.


 

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DANIEL CORREA RODRIGUES
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