Varejo alimentar dá sinais de recuperação em julho. Pela primeira vez em mais de um ano, cesta de Mercearia Básica cresce em volume

Dados do Radar de Julho da Scanntech apontam um crescimento de 5,7% nas vendas em relação a junho, impulsionado principalmente pelas cestas de Perecíveis, Mercearia e Mercearia Básica

BARBARA CRISTINA
15/08/2025 12h10 - Atualizado há 10 horas

Varejo alimentar dá sinais de recuperação em julho. Pela primeira vez em mais de um ano, cesta de Mercearia
Getty Images

São Paulo, agosto de 2025 - O segundo semestre começou com um certo alívio para o varejo alimentar. De acordo com dados do Radar da Scanntech, após meses de retração nas vendas em relação ao ano anterior, julho trouxe sinais de recuperação. O volume comercializado se manteve praticamente estável, com variação de -0,3%, enquanto o fluxo de consumidores nas lojas aumentou 1,3%.

Na comparação com junho, o desempenho foi ainda mais positivo: as vendas subiram 5,7%, acompanhadas de uma retração de -1,1% nos preços. O cenário aponta para uma possível retomada do abastecimento das dispensas dos brasileiros.

O resultado do mês foi impulsionado principalmente pelas cestas de Perecíveis, Mercearia e Mercearia Básica. Esta última, inclusive, registrou crescimento em unidades pela primeira vez em mais de um ano. As três categorias também apresentaram redução de preços, com quedas de 2%, 0,4% e 1,7%, respectivamente.

Entre os produtos com maior contribuição para o desempenho positivo no curto prazo estão:

  • Legumes com crescimento de 11,9% na procura e queda de -9,3% no preço médio.
  • Óleo, com aumento de 11,1% nas vendas e queda de -0,8% no preço;
  • Massa instantânea, com alta de 6,7% e recuo de -0,9% no valor médio;
  • Massa alimentícia, que cresceu 6,4% em volume e teve redução de -1,2% nos preços.
  • Frango: com alta de 6,8% nas vendas e queda de -1,7% nos preços.
  • Bovino: com alta de 6,2% nas vendas e queda de -0,6% nos preços.
 

Começamos o segundo semestre com sinais de retomada no varejo alimentar, após dois meses de queda no consumo. Isso sugere uma recuperação gradual da confiança do consumidor, embora o cenário macroeconômico ainda exija atenção. É preciso adaptar-se mês a mês. Quem imaginaria, há dois meses, que agosto chegaria com custos tão altos para exportar aos EUA? Ou que, depois de um junho fraco, veríamos sinais de melhora já em julho? Agosto se torna, assim, um momento estratégico para revisar o que funcionou e usar esses aprendizados no planejamento do restante do ano.”, comenta Felipe Passarelli, Head de Inteligência de Mercado da Scanntech.

A análise regional no acumulado de 12 meses revela comportamentos distintos de consumo. A região Sul se destacou com crescimento de 1,1% nas vendas por unidade, enquanto as demais registraram retração. As quedas mais expressivas foram observadas no Norte (-2,3%), Centro-Oeste (-1,5%) e Leste (-1,3%), seguidas por Nordeste (-0,4%) e  São Paulo (-0,3%).

 

Sobre a Scanntech 

Utilizada por mais de 400 das maiores indústrias, a Scanntech segue revolucionando a forma de usar informações de mercado. A companhia desenvolveu uma plataforma tecnológica com múltiplas soluções baseadas em inteligência de mercado, que permite identificar as maiores oportunidades, alavancar os resultados do varejo, da indústria e dos distribuidores e aproximar os parceiros comerciais. Ao todo, analisa dados de mais de R$ 1 trilhão do faturamento do varejo brasileiro por meio de uma base robusta e granular, com mais de 60 mil PDVs, de forma automática e sem manipulação humana, para gerar insights estratégicos.


 

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BARBARA CRISTINA SILVA BARBOSA
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