Roteiro de 3 dias em Puerto Madryn: imperdíveis da Patagônia Argentina

DENISE MEYER/ ROUGE COMUNICAçãO
29/07/2025 19h58 - Atualizado há 17 horas

Roteiro de 3 dias em Puerto Madryn: imperdíveis da Patagônia Argentina
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Se a sua ideia é ter uma escapada ideal, Puerto Madryn pode ser a escolha certa. Na cidade localizada na província de Chubut, é possível ter contato direto com a imponente baleia-franca-austral e, de quebra, tomar um chá em uma típica casa galesa, entre muitas outras atividades perfeitas para aproveitar ao máximo esse destino à beira do Golfo Nuevo, no Oceano Atlântico.

Um roteiro de três dias pode começar com um voo doméstico saindo do Aeroparque Jorge Newbery, na Cidade de Buenos Aires. A viagem dura cerca de duas horas até o aeroporto El Tehuelche, em Puerto Madryn. Ali mesmo é possível alugar um carro ou pegar um táxi que em apenas dez minutos chega ao centro da cidade.


Já em Puerto Madryn, se for cedo, o primeiro dia pode começar com um dos passeios obrigatórios: a Península Valdés. Trata-se de um dos doze Patrimônios da Humanidade declarados pela Unesco na Argentina. A região abriga várias reservas naturais e é considerada um dos principais e mais importantes destinos de observação de baleias do mundo, além de orcas, golfinhos toninha, pinguins, elefantes-marinhos e uma grande variedade de aves. A península conta com seu próprio centro de visitantes, com um mirante panorâmico espetacular: ao norte, avista-se o Golfo San José, e ao sul, o Golfo Nuevo.
Com uma área de mais de 3.600 quilômetros, o único lugar povoado da região é Puerto Piramides, de onde partem os catamarãs para observação de baleias. Após poucos minutos de navegação, já é possível ver os primeiros exemplares da baleia-franca-austral, geralmente acompanhados de seus filhotes.

Esses gigantescos cetáceos passam grande parte do ano nas águas da Antártida, onde se alimentam. Depois, entre maio e junho, começam a migrar para o norte em busca de águas mais amenas e é assim que chegam a Puerto Madryn, onde encontram condições ideais para se reproduzir.

É uma experiência única, na qual se sente uma verdadeira conexão com esses mamíferos que até parecem saber que os visitantes vêm de todas as partes do mundo para vê-los.

No segundo dia, é possível fazer uma viagem no tempo. A apenas 81 quilômetros de Puerto Madryn está Gaiman, símbolo da colônia galesa na província de Chubut. A vila ganhou destaque internacional ao ser finalista do concurso Best Tourism Villages 2024, uma iniciativa da ONU que reconhece os melhores destinos de turismo rural no mundo.

Fundada em 1865 por colonos galeses que chegaram ao vale do rio Chubut a bordo do navio Mimosa, Gaiman é uma vila pequena que conseguiu preservar as tradições e costumes dos seus primeiros habitantes. Esse legado cultural é refletido em sua arquitetura, igrejas e práticas cotidianas.

Um de seus marcos históricos é a Casa de Pedra (Casa de Piedra), construída em 1874 por David D. Roberts. Esse edifício, testemunho dos primeiros anos de Gaiman, simboliza sua importância como o primeiro município da província de Chubut.

Entre os principais atrativos turísticos da vila estão as tradicionais casas de chá galesas, como a Ty Gwyn, onde os visitantes podem desfrutar de um autêntico lanche com chá com leite, bolos típicos, scones e outras especialidades que expressam a herança cultural local.


O terceiro dia é perfeito para passear pelo centro da cidade, que oferece uma grande variedade de confeitarias e restaurantes abertos o ano todo. Também vale a pena fazer uma caminhada pela Avenida Costeira, que à noite fica totalmente iluminada.

Em uma de suas praias centrais encontra-se o principal píer da cidade, o Comandante Luis Piedrabuena, local onde desembarcaram os soldados argentinos que lutaram na Guerra das Malvinas, em 1982. Atualmente, especialmente no verão, o píer é bastante movimentado com a chegada de cruzeiros de várias partes do mundo, que depois seguem rumo à Antártida ou à Ushuaia.

Muitos visitantes também optam por passar o dia na praia El Doradillo, já que, durante a temporada de baleias, é possível vê-las diretamente da praia — e isso não é exagero: dezenas delas passam por ali. Mas é importante levar agasalho, algo quente para manter a temperatura do corpo e verificar a tábua das marés. As observações costumam ocorrer na maré alta.
Se a intenção for economizar, a melhor opção é alugar um carro, como mencionado no início, pois as distâncias são grandes.

Se o objetivo for relaxar, é possível contratar passeios com transporte incluído, porém, o custo é consideravelmente maior.

Chegar a El Doradillo a partir do centro da cidade é bem fácil. Deve-se seguir em direção norte, pegar a Rota 1 e, após passar pelo píer Almirante Storni, seguir rumo à costa pela Rota 42. O caminho inclui um trecho de estrada de cascalho, mas está em boas condições e é bem-sinalizado. A distância do centro de Puerto Madryn é de 17 quilômetros.

Uma opção para encerrar a viagem com chave de ouro é fazer snorkel ou mergulho com leões-marinhos na Reserva Punta Loma. Localizada a 17 km de Puerto Madryn, o acesso se dá por uma estrada de cascalho que começa na região do Monumento ao Índio, em Punta Cuevas. A experiência permite interagir de perto com uma colônia de leões-marinhos em seu habitat natural. Não é necessário ter experiência prévia com mergulho pois a atividade é feita com o auxílio de guias especializados.

Outra alternativa imperdível para o último dia é visitar o Ecocentro Pampa Azul, um espaço interativo que combina ciência, arte e educação ambiental com foco no ecossistema marinho da Patagônia. Com vistas panorâmicas para o Golfo Nuevo, o local oferece exposições temporárias, projeções audiovisuais e áreas de contemplação — uma forma perfeita de encerrar a viagem com um olhar mais profundo sobre a riqueza natural da região.

Para mais informações sobre o destino, acesse a Visit Argentina, a plataforma oficial de turismo do país.

 

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DENISE MARGARETH MEYER COHEN
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FONTE: Visit Argentina
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