Cia Grite comemora 30 anos e revisita o clássico O Beijo no Asfalto

Nova montagem leva ao palco clássico de Nelson Rodrigues com olhar sobre o Brasil atual

NOSSA SENHORA DA PAUTA ASSESSORIA DE COMUNICAçãO
25/07/2025 13h02 - Atualizado há 1 dia

Cia Grite comemora 30 anos e revisita o clássico O Beijo no Asfalto
Crédito Renata Bassanetto
A Cia Grite de Teatro celebra três décadas nos palcos com uma nova montagem de O BEIJO NO ASFALTO, clássico de Nelson Rodrigues, com direção de Kleber di Lázzare. A temporada de estreia acontece entre os dias 2 e 31 de agosto, com apresentações aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h, no Espaço Parlapatões, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo.

Escrita em 1960, O BEIJO NO ASFALTO é uma das obras mais emblemáticas do dramaturgo, e ganha agora uma montagem que dialoga diretamente com os dilemas contemporâneos. A partir de um gesto simples – um beijo entre dois homens no momento da morte – a peça desencadeia uma tragédia pública e íntima, expondo a hipocrisia da sociedade, o moralismo e a manipulação midiática.


Na trama, Arandir, um bancário recém-casado, presencia um atropelamento no centro do Rio de Janeiro. Ao atender ao último pedido da vítima, um beijo, torna-se alvo de um escândalo fomentado por um repórter sensacionalista e um delegado corrupto, mergulhando sua família num ciclo de desconfiança, preconceito e destruição moral.

A montagem da Cia Grite aposta em uma encenação que tensiona as múltiplas versões da verdade em uma sociedade movida pela aparência e pela violência simbólica. A peça mergulha no poder da palavra de Nelson Rodrigues potencializando o olhar crítico sobre os dias atuais, revelando a persistência de estruturas opressoras e o julgamento público diante do que escapa às normas.

No elenco, estão Ana Catarina Santilli (Selminha), Felipe Oliveira (Amado Ribeiro | Werneck), Gleibson Filho (Aprígio | Aruba), Gustavo Batistão (Cunha | Pimentel), Kleber di Lázzare (D. Matilde | D. Judith | Viúva), Paula Aviles (Dália | Comissário) e Rafael Sandoli (Arandir), que interpretam personagens marcados por contradições e impulsos dramáticos intensos. A equipe também assina a criação coletiva da montagem, reforçando o espírito colaborativo que marca os 30 anos de atuação da companhia.

Guarda-chuvas e máscaras
Com a montagem de O BEIJO NO ASFALTO, a Cia Grite revisita pela terceira vez o universo de Nelson Rodrigues, após as montagens de A Falecida (2003) e Oh, que Delícia de Mundo (2007). A escolha pela obra marca um reencontro com a poderosa carpintaria dramática do autor, cuja obra permanece urgente diante de temas como fake news, manipulação e preconceito. “Nelson foi chamado de maldito, mas acima de tudo era um grande contador de histórias e um conhecedor profundo da imprensa brasileira”, afirma o diretor Kleber di Lázzare.

Nesta nova encenação, a cenografia traz um elemento simbólico marcante: guarda-chuvas que se transformam em máscaras, metáfora visual das identidades distorcidas e ocultas que atravessam a trama.

O BEIJO NO ASFALTO reafirma o compromisso da Cia Grite de Teatro com o teatro de pesquisa, revisitanto Nelson Rodrigues com um olhar crítico sobre o poder das narrativas midiáticas e seus desdobramentos na vida individual e coletiva”, pontua di Lázzare.

Serviço:

O BEIJO NO ASFALTO
Cia Grite de Teatro

2 a 31 de agosto, sábado, 20h e domingo, 19h.
Espaço Parlapatões – Praça Franklin Roosevelt, 158 – Consolação, São Paulo.

90 minutos | 14 anos | R$ 35 a R$ 70 (venda pelo site Sympla).

Ficha técnica:

Texto – Nelson Rodrigues. Direção Geral – Kleber Di Lázzare. Elenco – Ana Catarina Santilli, Felipe Oliveira, Gleibson Filho, Gustavo Batistão, Kleber di Lázzare, Paula Aviles e Rafael Sandoli. Assistente de Direção – Thamiris Sousa. Pesquisa – Cia Grite De Teatro. Figurinos e Cenografia – Kleber Di Lázzare. Trilha Sonora – Gustavo Batistão. Iluminação – Kleber Di Lázzare. Pinturas de Arte – Paula Aviles. Identidade Visual e Mídias Sociais – Gleibson Filho. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Administração – Rafael Sandoli. Produção – Marina Rodrigues. Direção de Produção – João Noronha. Criação Artística – Cia Grite De Teatro | 30 Anos. Realização – RN Produções Artísticas.
 

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FREDERICO PAULA JUNIOR
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