O mercado global de reciclagem de metais vive uma fase de crescimento acelerado. Segundo dados da consultoria Mordor Intelligence, a expectativa é de que o volume reciclado atinja 1,16 bilhão de toneladas até 2029. O aumento da demanda por insumos recicláveis, principalmente nos setores automotivo e de construção, vem impulsionando o setor em escala mundial.
Na capital paulista, esse movimento já se reflete diretamente nas operações de coleta e triagem de materiais. A Zona Leste de São Paulo, com forte densidade populacional e presença de polos industriais e comerciais, tornou-se um dos principais territórios de atuação para os Ferros Velhos em São Paulo, que vem ganhando destaque dentro da cadeia da reciclagem.
“A valorização da sucata nunca foi tão evidente. Observamos que mesmo em períodos econômicos mais difíceis, seguimos com alta procura por ferro e aço. O ferro velho na zona leste se consolidou como parte essencial da economia local, gerando emprego e movimentando a indústria”, afirma Suelen C. Oliveira, sócia da Sucatas Aricanga, tradicional ferro velho da região.
A atuação desses estabelecimentos é crucial para a coleta inicial e a triagem dos materiais, que depois seguem para processamento e reintrodução na cadeia produtiva. Eles funcionam como porta de entrada para que resíduos metálicos, que seriam descartados, sejam transformados em novos produtos. Além do impacto econômico, as empresas de ferro velho da Zona Leste exercem um papel ambiental essencial ao evitar o descarte irregular e garantir que os metais retornem ao ciclo industrial. Essa atividade é fundamental para manter o fluxo da economia circular.
O estudo aponta que a indústria automotiva é um dos principais destinos dos metais reciclados, como aço, alumínio e cobre. Com o crescimento de oficinas mecânicas e centros de desmontagem na Zona Leste, o volume de sucata circulante tem aumentado, garantindo matéria-prima para novas aplicações industriais.
Apesar das boas perspectivas, o setor ainda enfrenta desafios, como a carência de infraestrutura adequada para triagem avançada e coleta seletiva em alguns bairros da região. A qualidade do material também é um ponto crítico, especialmente quando há contaminação por resíduos mistos, o que pode comprometer a eficiência da reciclagem.
Em contrapartida, a modernização do setor avança. Grandes players da indústria global têm investido em tecnologias de separação e parcerias com centros regionais. Esse movimento tem potencial para beneficiar diretamente os Ferros Velhos na Zona Leste, promovendo mais integração com cooperativas e ampliando o volume de materiais reciclados com qualidade.
Com crescimento global projetado até 2029 e atenção crescente à sustentabilidade, os ferros-velhos da Zona Leste se firmam como protagonistas locais. Seu papel na transformação de resíduos metálicos em insumos industriais reforça sua importância econômica, social e ambiental para a cidade de São Paulo.
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