IOU é referência no tratamento de câncer de cabeça e pescoço pelo SUS
Campanha busca ampliar conscientização sobre sintomas iniciais e reforça que o atendimento pelo SUS pode garantir cura em mais de 90% de muitos casos quando a detecção é precoce
AMZ COMUNICAçãO
15/07/2025 16h32 - Atualizado há 8 horas
Crédito: Matheus Campos
Já estamos na metade do Julho Verde – mês de conscientização sobre os cânceres de cabeça e pescoço – mas a urgência da campanha permanece atual: esse tipo de câncer é o quinto mais comum no Brasil e, apesar de frequentemente ter sinais visíveis ou palpáveis desde o início, ainda é diagnosticado tardiamente na maior parte dos casos. No Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço – IOU, vinculado à Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, o atendimento especializado pelo SUS oferece recursos modernos para diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação dos pacientes. Especialistas do IOU destacam três das principais áreas da cabeça e pescoço onde os cânceres são mais incidentes: laringe, cavidade oral e tireoide, além dos tumores de pele que acometem a região. Os médicos explicam sinais de alerta, fatores de risco, formas de prevenção e os avanços no diagnóstico e tratamento, com foco na importância do atendimento precoce, acessível e de qualidade – realidade no serviço oferecido pelo Instituto por meio do SUS. Laringe - Rouquidão é alerta “A rouquidão persistente por mais de duas semanas é o principal sinal de alerta para o câncer de laringe”, explica o professor Agrício Crespo, presidente do IOU e titular do Departamento de Otorrinolaringologia da Unicamp. “Principalmente se for um homem com mais de 45 anos, fumante ou que consome bebidas alcoólicas, esse sintoma merece atenção imediata”. Segundo Dr. Agrício, o câncer de laringe é o segundo mais comum entre os tumores de cabeça e pescoço, e o fumo é o maior fator de risco, potencializado quando associado ao consumo de álcool. “Diagnosticar cedo é crucial: quando o tumor é detectado no início, as chances de cura passam de 90%. A cirurgia é minimamente invasiva, feita por via endoscópica, sem dor e com alta hospitalar em menos de 24 horas”, enfatiza. Infelizmente, quando o diagnóstico é tardio, o tratamento pode exigir uma laringectomia total, ou seja, a retirada completa da laringe. “É uma cirurgia mutilante. O paciente perde a voz natural e passa a respirar por um orifício no pescoço, o que impacta profundamente a vida social, emocional e profissional”, alerta Dr. Agrício. O IOU foi pioneiro no Brasil em oferecer, também pelo SUS, a reabilitação vocal por meio de próteses fonatórias, válvulas que permitem ao paciente reaprender a falar. Além disso, o Instituto foi o primeiro serviço público do país a realizar cirurgias endoscópicas a laser para câncer de laringe, tecnologia que evita traqueostomia e uso de sonda alimentar, promovendo uma recuperação mais rápida e com mais qualidade de vida. Sinais na boca: feridas que não cicatrizam, sangramentos ou caroços O câncer de boca pode se manifestar em diversas áreas – língua, gengivas, assoalho bucal, palato duro, lábios e bochechas – mas a língua (sobretudo as bordas laterais) e o assoalho da boca estão entre os locais mais frequentemente afetados. “Uma ferida que não cicatriza em 15 dias, especialmente em fumantes e homens acima dos 40 anos, já deve ser investigada como possível câncer”, frisa o cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Carlos Takahiro Chone, coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e da Cirurgia de Base de Crânio do IOU. Dr. Chone também destaca que fatores como má higiene bucal, uso de próteses mal ajustadas e alimentação pobre em frutas e legumes também aumentam o risco da doença, que registra cerca de 15 mil novos casos por ano no Brasil. “Infelizmente, 75% a 80% dos pacientes ainda chegam ao sistema de saúde em estágios avançados da doença, o que reduz drasticamente as chances de cura”, pontua. No IOU, além da equipe cirúrgica altamente qualificada, o acompanhamento inclui atuação intensiva de fonoaudiólogos, nutricionistas, dentistas e fisioterapeutas para minimizar sequelas funcionais, como dificuldades na fala, deglutição ou mastigação. O IOU também se destaca como pioneiro no Brasil no uso da técnica do linfonodo sentinela em casos de câncer de boca. A tecnologia permite reduzir significativamente as sequelas das cirurgias cervicais, já que, em muitos casos, é necessário realizar o esvaziamento dos gânglios do pescoço. Com a identificação precisa do linfonodo sentinela, o procedimento se torna menos invasivo, preservando estruturas e contribuindo para uma recuperação mais rápida e com menos impactos funcionais. Câncer de tireoide e de pele são silenciosos Entre os tumores malignos que mais crescem entre as mulheres, o câncer de tireoide chama atenção por ser, muitas vezes, descoberto acidentalmente. “Na maioria das vezes, o paciente faz um exame de imagem por outro motivo e é identificado um nódulo”, explica Dr. Alfio Tincani, coordenador do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Departamento de Cirurgia da Unicamp. O tipo mais comum é o carcinoma papilífero, altamente curável. “A principal forma de tratamento é a cirurgia, com grandes chances de cura quando o diagnóstico é precoce. Em muitos casos, uma cirurgia parcial já é suficiente”, explica Dr. Tincani. Já o câncer de pele na região da cabeça e pescoço, especialmente em áreas expostas como orelhas, nariz e couro cabeludo, é causado principalmente pela exposição solar sem proteção. “Manchas ou pintas que mudam de cor, crescem, coçam, doem ou sangram devem ser avaliadas por um médico”, salienta. O IOU atende inúmeros casos do tipo e realiza reconstruções complexas quando o diagnóstico tardio exige cirurgias mais extensas. Campanha que salva vidas Campanhas como o Julho Verde são essenciais para lembrar a população que sinais aparentemente simples, como uma pinta diferente, uma ferida que não cicatriza ou uma rouquidão persistente, podem ser os primeiros alertas de um câncer. “Informar salva vidas”, reforça o Dr. Agrício Crespo. “Quem vê no começo pode mudar o final.” A estrutura oferecida pelo IOU, em parceria com o HC da Unicamp, é uma referência nacional no tratamento desses tumores, tanto pela excelência técnica quanto pelo acesso via SUS. “Nosso compromisso é garantir que os pacientes tenham acesso ao que há de mais moderno, sem custo, e com uma abordagem humanizada, desde o diagnóstico até a reabilitação”, lembra o Dr. Agrício. Serviço Instituto de Otorrinolaringologia & Cirurgia de Cabeça e Pescoço – IOU, na Unicamp Endereço: Av. José Roberto Magalhães Teixeira, 150 Campinas/SP instituto-iou.com.br @instituto_IOU linkedin.com/company/instituto-iou/ facebook.com/instituto.iou Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ANTONIA MARIA ABDO ZOGAEB STEPHAN
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