TDAH além da bula: quando o cuidado precisa ser mais profun

Neste 13 de julho, Dia Nacional de Conscientização sobre o TDAH, especialistas reforçam a importância de uma escuta clínica aprofundada, alternativas terapêuticas e abordagens mais humanizadas

ERICA MATOS
12/07/2025 22h11 - Atualizado há 5 dias

TDAH além da bula: quando o cuidado precisa ser mais profun
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Neste domingo, 13 de julho, o Brasil celebra o Dia Nacional de Conscientização sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), data instituída por lei para ampliar o debate sobre um dos transtornos mais comuns da infância e adolescência. Essa data simbólica é muito importante e carrega uma missão urgente: combater a desinformação, reduzir diagnósticos equivocados e abrir espaço para tratamentos que respeitem a complexidade de cada indivíduo.


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O TDAH é um transtorno neurobiológico caracterizado por sintomas como desatenção, hiperatividade e impulsividade. A origem está em uma disfunção nos sistemas de neurotransmissores, afetando áreas-chave do cérebro como o córtex pré-frontal, responsável pela organização, controle de impulsos e capacidade de foco. Estima-se que 3% a 5% das crianças no mundo sejam afetadas, com cerca de 70% dos casos ligados a fatores genéticos. Ainda assim, muitos pacientes enfrentam diagnósticos tardios e um estigma persistente que coloca em dúvida a existência do transtorno.
 

O tratamento tradicional, baseado em medicamentos psicoestimulantes como o metilfenidato (presente na Ritalina e no Atenta) e a lisdexanfetamina (princípio ativo do Venvanse), é amplamente utilizado e, em muitos casos, de forma indiscriminada.
No entanto, cresce o alerta de especialistas quanto ao uso indiscriminado e à medicalização precoce, muitas vezes feita sem uma análise mais ampla do histórico emocional, familiar e comportamental do paciente. A longo prazo, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais como insônia, perda de apetite, taquicardia, alterações do humor, memória…


É nesse cenário que a medicina integrativa surge como alternativa segura e eficaz, propondo uma abordagem personalizada e menos mecanicista. Além de considerar o uso criterioso de medicamentos quando necessário, ela investiga aspectos como nutrição, sono, inflamação, modulação intestinal, carências vitamínicas e sobrecarga emocional. Um dos recursos utilizados é a tecnologia REAC®️ (Radio Electric Asymmetric Conveyer), uma forma de neuromodulação não invasiva que reorganiza os ritmos elétricos cerebrais — relacionado à concentração, memória, foco, atenção e clareza mental.
 

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O médico integrativo Dr. Bruno Landim, referência no Brasil na aplicação da tecnologia REAC®️, observa resultados expressivos no acompanhamento de pacientes com TDAH:

“Ao equilibrar os ritmos cerebrais, a tecnologia REAC®️ reforça a concentração, traz estabilidade emocional e diminui a ansiedade — uma comorbidade frequente no TDAH. Ao aplicar esse protocolo, tenho observado melhora consistente no sono, foco, ansiedade e bem-estar geral dos pacientes.”

A Jornalista Erica Matos, diagnosticada com TDAH, conta que até setembro de 2024 utilizava doses cada vez maiores de lisdexanfetamina (Venvanse), sem obter a resposta esperada:

“O corpo já não respondia como antes. Meu sono estava cada vez mais prejudicado, e eu precisei começar a tomar medicamentos para conseguir dormir. Foi nesse momento que conheci a medicina integrativa e iniciei meu tratamento com o Dr. Bruno Landim. Fiz exames detalhados, corrigi deficiências nutricionais, mudei minha alimentação, fiz desintoxicações… Mas o divisor de águas foi, sem dúvida, a aplicação da tecnologia REAC®️. Ainda naquele mesmo mês, depois de muito tempo precisando de remédio para dormir, eu dormi bem — e pela primeira vez, sem nenhum medicamento. Pouco depois, deixei completamente os remédios para o TDAH.”

 

Neste 13 de julho, mais do que um alerta, o Dia Nacional de Conscientização sobre o TDAH é um chamado à escuta clínica apurada, à autonomia do paciente e à abertura para abordagens que enxergam além dos sintomas. Porque cuidar do TDAH é, antes de tudo, reconhecer a singularidade de cada mente — e oferecer caminhos que restituam não apenas o foco, mas a qualidade de vida como um todo.

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