Tecnologia ADAS exige atenção redobrada por parte das oficinas

MARCEL BRUNO SALGUEIRO - GRUPO PRINTER COMUNICAçãO
07/07/2025 12h33 - Atualizado há 1 dia

Tecnologia ADAS exige atenção redobrada por parte das oficinas
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  • Com o avanço dos sistemas eletrônicos, sensores e outros componentes inteligentes assumem papel de destaque no funcionamento dos veículos

  • Especialista da DRiV alerta para a necessidade de recalibração após manutenções para garantir o funcionamento correto e seguro de dispositivos eletrônicos
A tecnologia embarcada tem evoluído para oferecer recursos autônomos e semiautônomos que aumentam a segurança e o conforto ao dirigir. Conhecidos como ADAS, esses sistemas auxiliam em funções como condução, frenagem e estacionamento, por meio de sensores, câmeras e outros dispositivos distribuídos pelo veículo. Por isso, ao realizar a manutenção preventiva nos componentes de direção, suspensão e freios é preciso recalibrar sensores, câmeras e radares, para garantir seu desempenho correto. Juliano Caretta, supervisor técnico da DRiV, líder global em autopeças de reposição, destaca situações em que essa recalibração é indispensável após determinados reparos.

Recursos do ADAS, como assistente de permanência em faixa, controle de estabilidade e frenagem automática de emergência, dependem de sensores, que controlam o ângulo de direção para funcionar e fornecer informações precisas. Alterações nas configurações de alinhamento das rodas e da direção podem ter um grande impacto no desempenho dessas funções, como explica Juliano Caretta: “Esses equipamentos dependem da configuração estrutural do conjunto “rodas, freios, suspensão e direção” para operarem com precisão. Componentes que estiverem fora das especificações afetarão diretamente a leitura das informações e consequentemente, o funcionamento do sistema”.

Como exemplo, ele cita peças da suspensão, como amortecedores, pivôs, bandejas e coxins que, desgastados ou avariados, podem comprometer a dirigibilidade e interferir na posição e leitura dos sensores do ADAS. Isso pode gerar respostas imprecisas em curvas, frenagens automáticas desnecessárias e falhas na leitura das faixas de rodagem, afetando o desempenho e a segurança dos sistemas de assistência.

A realização regular de procedimentos como o alinhamento da direção, revisão das peças de suspensão, freios e direção, dentro das recomendações indicadas pelos fabricantes, são fundamentais para o bom funcionamento dos sistemas de assistência ao motorista. No entanto, mesmo pequenos ajustes, podem ter um grande impacto no desempenho das funções do ADAS. Recursos como o assistente de permanência em faixa, o controle de estabilidade e a frenagem automática de emergência, dependem do sensor de ângulo de direção para funcionar e fornecer informações precisas.

“No caso da barra de direção, a instalação de uma nova peça pode alterar a convergência do veículo, o que pode causar uma leitura fora das especificações e afetar a precisão do sensor de ângulo de direção quando o veículo está sendo conduzido em linha reta”, comenta o especialista. 

Para que algumas funções do ADAS funcionem corretamente, o sensor de ângulo de direção precisa saber a posição do volante em relação à trajetória em que o veículo está percorrendo em linha reta. Nesse caso, após a conclusão do alinhamento, é importante recalibrar o sensor, pois sua posição pode ser imprecisa. Garantir que o veículo esteja em linha reta é ainda mais importante em uma emergência; as informações precisam ser precisas para que os módulos do veículo possam comandar a manobra corretiva correta.
Por isso, os reparadores devem se atentar à necessidade da recalibração desses instrumentos, após o reparo ou substituição de componentes mecânicos. Segundo Caretta, “sempre que há o manuseio e a intervenção mecânica em partes da suspensão e da direção, além de rodas e freios, é necessário garantir que sensores e demais dispositivos estejam devidamente configurados de acordo com as especificações originais do veículo.  Ao colocar o veículo em uma máquina de alinhamento, há uma boa chance de que a leitura da convergência esteja fora das especificações. Estar fora das especificações por apenas um grau pode ser suficiente para causar desgaste nos dois pneus dianteiros”.

Para isso, o estabelecimento precisa contar com equipamentos especializados, que utilizam softwares específicos para garantir que sensores, câmeras e radares funcionem dentro dos padrões originais de fábrica e cumpram adequadamente suas funções. O processo pode ser estático, com o veículo parado diante de alvos calibradores ou dinâmico, com o carro em movimento e um scanner monitorando os parâmetros. A escolha do método depende do tipo de reparo realizado e, em alguns casos, ambos são necessários para garantir a precisão do sistema.

Se a oficina não dispuser de infraestrutura necessária, é fundamental que o reparador oriente o cliente sobre a importância do serviço e indique um local especializado. Sem esse procedimento, o veículo não estará plenamente apto a rodar com segurança e desempenho adequados.
 

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MARCEL BRUNO SALGUEIRO
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FONTE: DRiV Tenneco do Brasil
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