SST e ESG - empresas que combinam desempenho nas três dimensões reduzem rotatividade em até 65% e garantem mais recursos humanos e financeiros

Ao integrar indicadores de Saúde e Segurança do Trabalho à agenda ESG - que será mandatória a partir de 2026, conforme as novas normas e a Resolução nº 193 da CVM - as empresas reduzem o turnover, atraem investimentos, fortalecem a reputação e elevam sua competitividade

DA REDAçãO
30/06/2025 22h24 - Atualizado há 10 horas

SST e ESG - empresas que combinam desempenho nas três dimensões reduzem rotatividade em até 65% e garantem
ABRESST

SST e ESG - empresas que combinam desempenho nas três dimensões reduzem rotatividade em até 65% e garantem mais recursos humanos e financeiros
 

Ao integrar indicadores de Saúde e Segurança do Trabalho à agenda ESG - que será mandatória a partir de 2026, conforme as novas normas e a Resolução nº 193 da CVM - as empresas reduzem o turnover, atraem investimentos, fortalecem a reputação e elevam sua competitividade
 
       A integração entre SST e ESG é, sem dúvidas, uma convergência que gera valor e que deixou de ser apenas uma tendência para se tornar uma estratégia essencial de sustentabilidade e performance.
      Estudos internacionais apontam que organizações que combinam essas dimensões podem reduzir a rotatividade de pessoal em até 65% e alcançar um retorno ao acionista até 2 pontos percentuais maior ao ano.
       No eixo social, investimentos em ambientes de trabalho seguros, saudáveis e éticos elevam o engajamento e a produtividade. No aspecto financeiro, o bom desempenho ESG - aliado a práticas robustas de SST - promove redução do custo de capital, melhora nos indicadores financeiros e amplia a atratividade de investidores que buscam não apenas retorno, mas também responsabilidade social.
       Para o médico, Dr. Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST, o foco dos gestores deve estar no que vai torná-la competitiva em um futuro bem próximo: “Integrar SST e ESG para proteger pessoas, salvaguardar reputação e gerar vantagem competitiva real”, enfatiza.
 
Nova regulação reforça transparência e governança nos relatórios ESG
 
       A recente regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio da Resolução nº 193, marca um novo capítulo na forma como as empresas brasileiras devem lidar com a transparência de suas práticas ambientais, sociais e de governança.
       A medida acompanha o movimento internacional liderado pelo International Sustainability Standards Board (ISSB), que, em 2023, lançou as normas IFRS S1 e S2, estabelecendo uma linguagem global para relatórios de sustentabilidade.
       A resolução da CVM prevê duas fases: uma etapa voluntária, válida a partir de 2024 para relatórios divulgados em 2025, e outra obrigatória, que se inicia em 2026 para documentos publicados em 2027.
       O objetivo é permitir uma adaptação progressiva, oferecendo às companhias um modelo padronizado que viabilize comparabilidade, confiabilidade e maior rastreabilidade das informações ESG - e, por consequência, também dos indicadores de Saúde e Segurança do Trabalho, essenciais dentro do eixo social.
       Dr. Ricardo Pacheco acredita que essa nova exigência traz avanços importantes para o País. “Trata-se de um divisor de águas. Pela primeira vez, teremos um padrão de reporte que impede o greenwashing e valoriza empresas com ações reais, estruturadas e mensuráveis. E nesse contexto, a SST ganha protagonismo, pois nenhum relatório ESG sério pode ignorar a proteção à saúde e à integridade dos trabalhadores.”
       Além disso, a resolução exigirá que os relatórios passem por asseguração independente. Com o exposure draft da ISSA 5000 - elaborado pelo International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB), deve-se consolidar em breve uma nova norma internacional de asseguração, o que tornará os dados ESG ainda mais auditáveis e robustos.
       A expectativa é que esse novo marco regulatório crie um efeito cascata, influenciando não apenas as companhias diretamente reguladas, mas também toda a sua cadeia de valor. Empresas fornecedoras e parceiras serão naturalmente cobradas a adequar suas práticas, especialmente em aspectos como SST, clima organizacional, diversidade e condições de trabalho.
       Para o presidente da ABRESST, isso representa uma virada estratégica para o mercado brasileiro: “Governança começa com transparência real e termina com impacto mensurável. Ao adotar um modelo integrado entre ESG e SST, as empresas deixam de atuar apenas por compliance e passam a gerar valor de forma contínua e responsável. Esse será o novo diferencial competitivo, afirma Dr. Ricardo.”
       Mais do que atender às demandas de investidores, a padronização promovida pela CVM e pelo ISSB responde à exigência crescente da sociedade por responsabilidade corporativa genuína. E, nesse cenário, as empresas que incorporarem de fato a sustentabilidade às suas operações estarão mais preparadas para o futuro - com mais reputação, resiliência e retorno.
 
ESG robusto e redução de riscos
 
       Empresas que adotam práticas consistentes em ESG não apenas reduzem riscos reputacionais e regulatórios, mas também se beneficiam de uma governança mais eficaz.
       Dados globais mostram que investimentos em sustentabilidade tendem a reduzir o custo de capital e melhorar indicadores como o retorno sobre ativos (ROA). No Brasil, a incorporação gradual das novas normas oferecerá às companhias a oportunidade de se posicionar à frente no cenário competitivo, demonstrando um compromisso real com a responsabilidade social e a gestão de riscos.
       Dr. Ricardo Pacheco ressalta a importância da transparência para obter o melhor das práticas ESG. “Sem dados auditáveis e processos transparentes, as ações de SST ficam restritas ao marketing. Governança e credibilidade exigem que as práticas sejam mensuráveis e auditáveis”.
 
Pilar social - o cuidado com pessoas gera resultados
 
       No componente “S” do ESG, as ações práticas em SST - que incluem monitoramento da saúde mental, programas ergonômicos, treinamentos regulares, pausas estratégicas, dentre outras - são fundamentais para a construção de um ambiente de trabalho que valorize e proteja seus trabalhadores.
       Essa abordagem não só atrai e retém talentos, como também melhora a imagem corporativa e, mais uma vez, impulsiona a produtividade.
       “Todo mundo ganha nessa relação. Empresas que cuidam de verdade de seus trabalhadores ganham credibilidade, reduzem turnover e se destacam para investidores e talentos. Os profissionais ganham em saúde, qualidade de vida e engajamento coletivo; e a sociedade como um todo, que vê as práticas replicadas em ambientes não corporativos”, relaciona o presidente da ABRESST.
 
Governança eficaz - pilar essencial
 
       A implementação de processos formais e a transparência na gestão de SST - com auditorias regulares, canais de denúncias e indicadores robustos - são imprescindíveis para uma governança eficaz.
       A nova regulamentação da CVM eleva o patamar dos relatórios ESG, integrando dados precisos de SST e garantindo que as práticas adotadas sejam realmente refletidas nos resultados corporativos.
       O médico volta a destacar a importância da transparência, agora como base para qualquer programa sério de governança. Para ele, é essa transparência que transforma boas intenções em resultados concretos. “A transparência é tudo. Não basta apenas declarar compromissos, é preciso demonstrar, com dados auditáveis e práticas consistentes, que a empresa de fato protege seus trabalhadores e respeita os pilares do ESG. A integração entre SST e ESG é mais do que uma tendência - é a garantia de uma gestão empresarial moderna, ética e responsável, capaz de gerar valor de forma contínua para todos os seus públicos”, completa o Dr. Ricardo.
 
ABRESST - parceria para orientar empresas rumo a um ESG com responsabilidade e impacto
 
       Mais do que acompanhar as transformações regulatórias, a ABRESST caminha junto com suas empresas associadas na construção de uma agenda ESG sólida, com base em práticas consistentes de Saúde e Segurança do Trabalho (SST).
        A entidade atua como uma aliada estratégica, acompanhando os marcos legais, reunindo conhecimento técnico e promovendo discussões que ajudem as organizações a entenderem, aplicarem e evoluírem em suas ações socioambientais e de governança.
       “A ABRESST está aqui para ajudar as empresas a fazerem as perguntas certas e seguirem o caminho com segurança, responsabilidade e visão de futuro”, afirma o presidente da entidade, Dr. Ricardo Pacheco. “Nosso papel é orientar, fomentar reflexões e apoiar as decisões que de fato coloquem as pessoas no centro da estratégia.”
       Em um cenário em que os relatórios ESG exigem indicadores confiáveis, coerência entre discurso e prática e dados auditáveis, a ABRESST contribui para que as empresas compreendam a relevância de métricas como taxas de acidentes, absenteísmo, uso de EPIs, saúde mental e clima organizacional - pilares fundamentais para um ESG autêntico e transformador.
 
Sobre a ABRESST
 
      A Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho é uma entidade civil, de caráter profissional e sem fins lucrativos, com atuação em todo território nacional. É uma entidade que desde 1998 reúne e representa as empresas do setor, evidenciando para a sociedade os esforços que seus associados têm feito para melhorar a qualidade de vida do trabalhador brasileiro.
       Reunindo empresas da área de saúde e segurança no trabalho e criando normas e métodos de qualificação dos serviços da categoria, a ABRESST defende legalmente os interesses de seus associados, representando todos com muito empenho e dedicação.
 
A ABRESST é presidida pelo médico Dr. Ricardo Pacheco, CRM-SP 87570 I RQE 22.683.

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SANDRA MARIA DA CUNHA
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FONTE: Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde e presidente da ABRESST.
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