Passageiros presos com drogas em malas reacendem alerta sobre segurança de bagagens em aeroportos
Casos recentes em Guarulhos mostram que qualquer passageiro pode ser vítima de criminosos. Empresa especializada alerta: proteger a bagagem com lacre visível pode evitar prisões injustas
GIOVANNA ALVES
30/06/2025 14h15 - Atualizado há 1 dia
Banco de imagem/Freepik
No início de abril, três passageiros foram presos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, após a Polícia Federal encontrar quase 35 quilos de drogas em malas despachadas. Um deles carregava cápsulas de cocaína no corpo e os outros dois estavam com bagagens contendo skunk, tipo de maconha mais potente. Os casos, que estão sendo investigados, reacenderam o alerta sobre a vulnerabilidade das malas despachadas nos principais aeroportos do Brasil e os riscos legais que qualquer passageiro corre.
“Mesmo que você não tenha colocado nada ilícito na mala, é possível ser responsabilizado. Criminosos se aproveitam da brecha de segurança e colocam drogas ou itens ilegais em bagagens de terceiros. O passageiro, sem saber, pode acabar sendo preso ao desembarcar”, explica Paulo Fabra, CEO da Protec Bag, empresa especializada em lacres e proteção de bagagens.
Além do caso recente de abril, episódios semelhantes já ocorreram em outros estados, como o Amazonas, onde jovens foram presos após terem suas malas violadas e usadas para o transporte de drogas. Em muitos casos, a vítima sequer sabia que havia sido usada como “mula” por traficantes.
Segundo Paulo, o crescimento do tráfico e a sofisticação das quadrilhas fazem com que proteger a mala se torne tão importante quanto proteger documentos pessoais ou senhas bancárias. “Viajar sem proteção na mala é o mesmo que deixar o portão de casa aberto. A diferença é que, nesse caso, você pode acabar preso”, alerta.
A Protec Bag opera com pontos de venda em aeroportos. “Nosso objetivo é garantir que mais pessoas viajem com segurança e consciência. Em um cenário em que a criminalidade evolui, é essencial que o passageiro também se antecipe”, finaliza o CEO.
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