Com projeção de crescimento de US$20,8 bilhões em 2025 para quase US$191 bilhões até 2024, segundo um levantamento da Future Market Insights, o mercado global de gamificação está em crescente expansão e as empresas brasileiras têm enxergado na estratégia uma aposta poderosa para transformar a relação dos colaboradores com o trabalho. Ao aplicar elementos típicos de jogos como pontuações, recompensas, desafios e feedbacks no dia a dia corporativo, organizações têm conseguido estimular engajar mais suas equipes, estimular o desenvolvimento de competências e impulsionar resultados de forma sustentável.
Mais do que uma moda passageira, a gamificação tem se consolidado como uma ferramenta de gestão capaz de ativar a motivação intrínseca dos profissionais. Ao associar metas a recompensas tangíveis e simbólicas, ela aciona mecanismos de dopamina no cérebro, gerando aquela sensação de conquista que normalmente se restringe a contextos lúdicos.
“A lógica é simples: quando você transforma o trabalho em um desafio, uma missão, ele deixa de ser apenas uma obrigação e passa a ativar o sistema de recompensa do cérebro. O colaborador se sente motivado a continuar, e não apenas a cumprir tarefas”, explica Nara Iachan, CMO e cofundadora da Loyalme, startup que nasceu dentro da Cuponeria para oferecer soluções de fidelização.
Nesse sentido, a especialista destaca 3 pilares fundamentais para a aplicação da gamificação como ferramenta de engajamento e fidelização de times:
1-) Planejamento estratégico é a base de tudo
A eficácia da gamificação depende de um bom planejamento. “Não basta aplicar uma lógica de pontos ou distribuir brindes. É preciso entender o perfil da equipe, definir metas claras e acompanhar os resultados de perto. Gamificação é, antes de tudo, criar um ambiente onde as pessoas se sintam desafiadas, reconhecidas e valorizadas”, destaca Nara.
2-) Muito além de produtividade: cultura, motivação e pertencimento
Nas empresas que adotam a gamificação como estratégia, os resultados vão além da produtividade. A presença de metas viáveis, feedbacks constantes e reconhecimento frequente reforça o senso de pertencimento e cria um clima organizacional mais equilibrado. Em vez da pressão para realização de tarefas mecânicas e alto desempenho, surge o incentivo ao progresso com propósito.
“A gamificação pode - e deve - ser usada para promover mais do que resultados. Ela ajuda a construir cultura, fortalece vínculos e desenvolve habilidades importantes como liderança, trabalho em equipe e criatividade. É possível trabalhar, por exemplo, trilhas de conhecimento e premiações por comportamento alinhado aos valores da empresa. Tudo isso de forma leve, mas estratégica”, afirma a executiva.
3-) Engajamento saudável: equilíbrio entre competição e colaboração
Para funcionar de maneira eficaz, a gamificação precisa de equilíbrio entre competição e colaboração. Um sistema excessivamente competitivo pode gerar tensão e desgaste, enquanto uma abordagem mais colaborativa tende a fortalecer o engajamento coletivo. Por isso, o acompanhamento contínuo e o ajuste com base no feedback dos colaboradores são pontos-chave.
Mais do que uma tendência, a gamificação se apresenta como um recurso moderno, eficaz e acessível para manter as equipes conectadas, motivadas e orientadas a resultados, em que performance, reconhecimento e bem-estar caminham juntos. “Quando bem utilizada, a gamificação é uma ponte entre resultado e satisfação. Empresas que entendem isso estão construindo ambientes corporativos inovadores e humanos”, conclui a CMO.
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Maria Eduarda Lima de Brito Passos
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