Ao contrário de cientistas e pesquisadores que buscam catalogar o mundo botânico de forma objetiva, Mozart percorre o caminho inverso: em vez do retrato real, ele cria o retrato fabulado. Sua pintura é guiada pelo imaginário, pelo que ficou dentro da memória, e não pelo que foi registrado. São seres que brotam da lembrança, do delírio, da fabulação do Sertão, mais próximos do mito do que da ciência.
“O fundo é vermelho como sol de pedra rachada. É o Sertão, mas de dentro. Não como paisagem, mas como organismo. É uma pintura mais densa, mais imersa, como se o observador estivesse dentro do corpo da criatura, ou da vegetação, e não mais diante dela. As pontas verdes crescem de dentro da escuridão, como brotos ou defesas,l", acrescenta.
Mozart Santos é um artista transmídia nascido em Recife e radicado em São Paulo. Sua obra se constrói entre o feito à mão e o digital, entre o gesto íntimo e a intervenção pública. Sua pesquisa atravessa camadas políticas, ambientais e urbanas, com interesse por superfícies que carregam tensão: muros, papéis, bandeiras, telas e objetos. Partindo da cidade e da memória como matéria viva, cria imagens móveis, colagens afetivas, instalações ópticas e pinturas que desafiam a permanência. Com bordados, projeções, colagens, instalações e pintura, desenvolve trabalhos que convidam à pausa, à escuta e ao deslocamento do olhar. Desde 2010, participa de exposições em instituições nacionais como o MAC USP, o Museu da Língua Portuguesa e o CCBB-SP, além de instituições internacionais como o Architekturmuseum München (Alemanha) e a Bienal de Timişoara (Romênia). É co-criador do @projetemos, laboratório de intervenções urbanas com luz, cuja prática mistura arte, tecnologia e ocupações efêmeras para reinventar paisagens e tensionar a memória coletiva.
Serviço:
Gratuito: Até o dia 05 de julho
Visitação:, De quarta a sábado, das 13h às 18h
Na Galeria Tato, Rua Barra Funda, 893
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PATRICIA DORNELAS CAMARA DE OLIVEIRA
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