Clubes brasileiros investem em ações ecológicas e transformam o esporte em aliado do meio ambiente

Futebol nacional abraça a sustentabilidade com projetos de energia limpa, reciclagem e preservação marinha

REDAçãO |
24/06/2025 11h29 - Atualizado há 15 horas

Clubes brasileiros investem em ações ecológicas e transformam o esporte em aliado do meio ambiente
Foto: Divulgação
O futebol brasileiro está passando por uma transformação fora das quatro linhas. Clubes e entidades têm se mobilizado para adotar práticas sustentáveis, mostrando que a paixão nacional também pode ser uma poderosa aliada da preservação ambiental. Ações como o uso de energia renovável, reaproveitamento da água, reciclagem de resíduos e parcerias com ONGs ambientalistas evidenciam o potencial do esporte como protagonista na luta por um futuro mais verde.

Em Santos, a histórica relação entre o clube e o mar ganhou um novo capítulo com a parceria entre o Santos FC e o Instituto EcoFaxina, ONG dedicada à recuperação do estuário da cidade e de São Vicente. A união tem como foco a educação ambiental e o engajamento da comunidade santista em ações de preservação da vida marinha.


“A parceria é muito importante porque há uma relação forte entre o Santos e seus símbolos com a cidade, a Baixada Santista e, principalmente, com o trabalho desenvolvido pelo instituto. Com isso, ampliaremos as ações, divulgaremos a causa e agregaremos valor ao trabalho, desde o aproveitamento de materiais recicláveis até a criação de símbolos como a Baleinha e o Baleião”, afirmou Marcelo Teixeira, presidente do clube.

Outro exemplo vem do Sul do país. O projeto “Recicla Junto”, idealizado pela empresa Cristalcopo em parceria com o Criciúma, transforma os dias de jogo em oportunidades de coleta seletiva. Em 2023, mais de 12 mil toneladas de resíduos foram recicladas durante as partidas do clube.

“O esporte é uma ferramenta de transformação social e de impacto positivo na sustentabilidade. Podemos alcançar muitas pessoas de forma educativa, unindo uma paixão nacional com a responsabilidade ambiental”, destacou Augusto Freitas, CEO da Cristalcopo.

O Juventude, de Caxias do Sul, investe fortemente em energia solar e no reaproveitamento da água da chuva. Com 240 placas fotovoltaicas instaladas no estádio Alfredo Jaconi e no centro de treinamento, o clube economiza cerca de R$ 15 mil por mês.

“Estamos sempre atentos às tecnologias que contribuem para a sustentabilidade. Por isso, investimos em iniciativas que geram economia e preservação ambiental, como o uso de energia solar e o reaproveitamento da água da chuva. A redução do impacto ambiental é um compromisso que faz parte da nossa essência”, afirma Fábio Pizzamiglio, presidente do Juventude.

Em Porto Alegre, o Internacional também se destaca por sua atuação ambiental. O estádio Beira-Rio foi modernizado para atender a altos padrões de sustentabilidade e conta com a Certificação LEED Silver. Um dos principais projetos é o sistema de captação de água da chuva, que abastece os vasos sanitários e reduz drasticamente o consumo hídrico. Em 2024, o clube reciclou mais de 34 toneladas de resíduos secos.

“O Inter está inserido em uma nova realidade, onde esporte, entretenimento e sustentabilidade caminham juntos. Nossa gestão ambiental é ativa e alinhada às melhores práticas de ESG, tanto nas operações do clube quanto em eventos e atividades diárias”, comenta Rodrigo Lucca, diretor-executivo de operações do Internacional.

No interior paulista, o Botafogo-SP também deu um passo significativo em direção à sustentabilidade ao firmar um acordo com a Clarke Energia, startup que fornece energia 100% renovável. A iniciativa prevê a redução de até 140 toneladas de CO₂ por ano e uma economia superior a 30% nos gastos com eletricidade.

“Significa muito para o Botafogo ter seu nome associado à responsabilidade ambiental. A partir de agora, o clube está inserido em um grupo importante que promove ações para diminuir o impacto ambiental e colaborar por um futuro mais sustentável”, declarou Ferdinando Brito, diretor administrativo da equipe.

Essas iniciativas mostram que o futebol brasileiro está incorporando a agenda ESG (ambiental, social e de governança) à sua rotina, servindo de exemplo para torcedores, empresas e instituições.

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CLAUDIO VINICIUS GARCIA AMORIM VILAS BOAS
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