A casa nunca esteve tão em evidência. Nos últimos anos, sobretudo após a pandemia, os lares brasileiros passaram a refletir não apenas estilo, mas também valores, emoções e hábitos que se intensificaram com a permanência prolongada das pessoas em seus espaços. Ambientes mais funcionais, decoração afetiva, escolhas práticas e conforto sensorial ganharam protagonismo e o movimento se refletiu diretamente nos números do varejo.
Segundo dados da ABCasa (Associação Brasileira de Artigos para Casa, Decoração, Presentes e Utilidades Domésticas), em parceria com o IEMI - Inteligência de Mercado, o segmento de artigos para casa segue em expansão e movimentou 102 bilhões de reais em 2024, um crescimento de 8,7% em relação ao ano anterior.
“Nos últimos anos, percebemos uma mudança clara no comportamento de consumo. As pessoas passaram a valorizar mais o conforto, o afeto e a praticidade dentro de casa. Houve um crescimento expressivo na procura por itens que transformam o ambiente sem exigir reformas, como utensílios de cozinha com design diferenciado, espelhos, prateleiras e objetos decorativos que trazem memória ou identidade pessoal”, conta Gabriela Muniz, gerente de marketing da Estrela do Lar.
O segmento também observou um aumento na demanda por itens que combinam beleza e funcionalidade como objetos decorativos versáteis, utensílios com design afetivo e soluções de organização que otimizam o espaço.
Mais do que ambientes instagramáveis, as casas ganharam o que especialistas chamam de “casa com cara de casa”, uma estética que equilibra harmonia visual e marcas do cotidiano. Para Kevin Pinheiro, creative designer da Estrela do Lar, esse movimento influencia diretamente o design dos produtos oferecidos pelo mercado. “Hoje, pensamos em funcionalidade, mas também em como aquele item pode dialogar com a história de quem mora ali. Estão em alta os objetos que permitem composições flexíveis, misturam texturas naturais e traduzem a sensação de acolhimento. A beleza não está mais só no que é novo, mas no que faz sentido”, afirma.
A tendência é que os lares brasileiros sigam evoluindo, mais conectados ao cotidiano real e às emoções de quem mora ali. Enquanto o design se volta ao afeto e à funcionalidade, o varejo de casa e decoração se firma como um dos termômetros dessa transformação, respondendo com soluções criativas e acessíveis.
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JULIA BEZERRA VIEIRA MATSUSHITA
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