Tiroteio na ferrovia e trabalhadores à mercê da violência: até quando esses problemas de segurança vão ser ignorados?

GABRIELA CARVALHO
23/06/2025 15h56 - Atualizado há 1 dia

Tiroteio na ferrovia e trabalhadores à mercê da violência: até quando esses problemas de segurança vão ser
Crédito: Divulgação
Por José Claudinei Messias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Zona Sorocabana
Há meses, nós, do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Zona Sorocabana, alertamos e, principalmente, cobramos da Rumo e do Governo do Estado de São Paulo uma solução para os graves problemas de segurança enfrentados pelos ferroviários que atuam no litoral paulista.
Assaltos, invasões aos vagões e ameaças à vida já foram divulgados em reportagens na imprensa e são temas constantes em reuniões com a empresa, sempre na busca por soluções concretas. Até agora, nada foi feito.

O capítulo mais recente dessa lamentável história comprova, mais uma vez, como os trabalhadores – inclusive os contratados por empresas terceirizadas – seguem expostos e vulneráveis à violência.
Em mais uma ação violenta, criminosos dispararam tiros contra uma guarnição da segurança privada da empresa, no início de maio. Felizmente, ninguém ficou ferido. Mas é inadmissível que ferroviários saiam de casa expostos ao risco de ser alvejados, muito menos que suas solicitações de apoio sejam sistematicamente ignoradas pela empresa à qual dedicam seu tempo e esforço.
O descaso da Rumo e do Governo de São Paulo ultrapassou todos os limites. Protocolamos diversos pedidos e, em todas as reuniões, reiteramos que a segurança dos ferroviários deve ser prioridade absoluta. Diante da omissão, buscaremos agora uma solução junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), para garantir que os funcionários tenham dignidade e respeito enquanto desempenham um papel essencial para o funcionamento da logística nacional.
É importante lembrar: se hoje a Rumo é considerada uma das maiores empresas de logística do país, alcançando expressivos lucros e resultados, isso se deve, fundamentalmente, ao trabalho incansável desses ferroviários – justamente os que hoje são atacados e estão expostos à violência. São eles que garantem que a empresa cumpra seus compromissos e não merecem passar pelas situações que estão enfrentando.
Deixamos um recado claro. Atenção, Rumo e governador Tarcísio de Freitas (Republicanos): todos os trabalhadores merecem respeito, independentemente do cargo ou local de atuação. Esta situação é inadmissível e exige providências imediatas.
Seguimos acompanhando e lutando, com firmeza, pelos direitos e pela segurança da categoria. Porque, juntos, somos sempre mais fortes.
 
 

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GABRIELA BATISTA DE CARVALHO
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