Setor automotivo aposta em aditivos de alta performance para frear avanço do mercado ilegal

Investimento em tecnologia de ponta e inovação para proteger motoristas e combater a informalidade no Brasil, 5º maior mercado de óleos lubrificantes do mundo, segundo ICL

NAIARA SILVA
10/06/2025 17h00 - Atualizado há 2 dias

Setor automotivo aposta em aditivos de alta performance para frear avanço do mercado ilegal
Divulgação
São Paulo, junho de 2025 – Com a crescente complexidade dos motores modernos, que operam sob altas temperaturas, pressões e torque, cresce também a demanda por lubrificantes que ofereçam proteção avançada aos componentes internos do motor. De acordo com o ICL – Instituto Combustível Legal, o Brasil é o 5º maior mercado de óleos lubrificantes do mundo, com faturamento bruto anual superior a R$ 27 bilhões.
Para atender as exigências da indústria nacional automotiva, fabricantes têm investido em novas gerações de aditivos que prolongam a vida útil de peças críticas, como correias dentadas, pistões, mancais e sistemas de válvulas.  Segundo a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), ao todo foi aportado R$ 1,3 bilhão em pesquisa e desenvolvimento de lubrificantes de alta performance. Os resultados já são percebidos na prática: motoristas podem economizar entre R$ 2 mil e R$ 10 mil em reparos evitáveis, como substituição de correias, remoção de borra e retíficas parciais (Fonte: Sindirepa-SP). Além da proteção mecânica, os lubrificantes sintéticos mais avançados oferecem intervalos de troca ampliados (entre 10.000 e 20.000 km) e aumentam a confiabilidade operacional, especialmente em veículos comerciais e de frotas.
“Em um cenário onde confiabilidade, eficiência energética e menor custo de manutenção se tornam prioridade, a tecnologia dos lubrificantes assume papel estratégico para o desempenho e a longevidade dos motores automotivos”, destaca Emerson Kapaz, presidente do ICL. O executivo lembra ainda sobre a importância de produtos homologados e certificados, considerando que o mercado ilegal representa 10% deste setor. 

Entre as marcas que lideram essa evolução estão Petrobras Lubrax, Shell Helix Ultra e Ipiranga Ultratech, com tecnologias como PurePlus Technology e aditivos de controle de depósitos. No desenvolvimento global de pacotes de aditivos, empresas como Infineum, Afton Chemical e Chevron Oronite investem cerca de US$ 400 milhões por ano em inovação.
As principais inovações tecnológicas em lubrificantes incluem o uso de aditivos antidesgaste à base de ZDDP ou dialquilditiofosfato de zinco, que formam uma película protetora nos metais e reduzem o atrito, apresentando desempenho 70% superior em testes de carga extrema.  Também se destacam os modificadores de fricção e dispersantes térmicos, capazes de aumentar em 25% a vida útil do óleo em condições de uso urbano severo. Além disso, aditivos de borato e organomolibdênio têm se mostrado eficazes na estabilização da viscosidade e na redução de até 40% na chance de ruptura da correia dentada, de acordo com o Instituto Mauá de Tecnologia. Por fim, a tecnologia “Low SAPS”, recomendada para motores equipados com catalisadores e filtros Euro 5/6, contribui para ampliar a durabilidade da correia imersa em até 80 mil quilômetros.

Sobre o ICL
Com forte representatividade, o Instituto Combustível Legal (ICL) nasceu com uma missão muito clara: construir um ambiente ético e leal no setor de combustíveis, atuando no combate às fraudes e estimulando a concorrência saudável, na qual o grande beneficiado é o consumidor.
O setor de combustíveis é um dos mais importantes do país. É ele que faz o Brasil andar, além de ser o maior arrecadador de impostos, por isso mesmo, é também um dos mais afetados pela sonegação de tributos: de acordo com a atualização do estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizada em 2021, por ano, são sonegados 14 bilhões de reais. Nesse contexto, o Instituto Combustível Legal (ICL), cuja iniciativa teve início em 2016, tem como missão promover uma intensa e profunda discussão com a sociedade, governo, judiciário e legisladores sobre a importância do combate ao comércio irregular.
 

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NAIARA PEREIRA TELES SILVA
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