Com o avanço da inteligência artificial, multiplicam-se nas redes sociais os vídeos de usuários ensinando comandos para o ChatGPT encontrar passagens aéreas com os “melhores preços da internet”. A promessa é tentadora, mas será que os resultados realmente representam as opções mais vantajosas para o consumidor? A popularidade da prática, no entanto, despertou o olhar técnico de profissionais do setor e a especialista em turismo e CEO da Diamond Viagens, Santuza Macedo, resolveu testar os comandos mais populares e chegou a uma conclusão surpreendente: em todos os trechos analisados, foi possível encontrar tarifas ainda mais baratas utilizando canais especializados de agências de viagem.
De acordo com Santuza Macedo, o principal erro está em acreditar que a IA tem acesso aos mesmos mecanismos de busca das companhias aéreas e agências consolidadoras. “O ChatGPT pode sugerir sites confiáveis e até simular itinerários, mas não realiza buscas em tempo real nos sistemas de emissão. Por isso, não consegue aplicar descontos exclusivos de operadoras ou identificar condições comerciais diferenciadas que as agências negociam com fornecedores”, explica.
Para comprovar a diferença, a especialista testou os comandos mais replicados nas redes sociais para destinos como Orlando, Lisboa e Buenos Aires, comparando os resultados indicados pela IA com os que podem ser acessados por sistemas profissionais de emissão. O resultado foi categórico: em todos os trechos testados, os valores obtidos por agências credenciadas foram entre 10% e 18% mais baixos, com mais benefícios ao consumidor.
“O ChatGPT não tem acesso aos sistemas internos das companhias aéreas nem às plataformas exclusivas das operadoras. Ele pode sugerir sites confiáveis, mas não realiza buscas ao vivo, nem identifica tarifas negociadas por agências com seus fornecedores”, explica Santuza.
Segundo a especialista, o uso de IA pode até ser um ponto de partida para entender opções de destino ou planejar a viagem. Mas confiar cegamente nos resultados pode representar perda financeira. “Em muitos casos, o consumidor acha que encontrou o menor preço, mas ignora taxas embutidas, ausência de bagagem, trechos desconectados e falta de suporte durante a viagem”, alerta.
A pesquisa realizada por Santuza Macedo identificou quatro pontos em que a atuação humana ainda oferece vantagens decisivas frente à IA:
Em tempos de dólar instável e maior preocupação com o planejamento financeiro das viagens, Santuza Macedo reforça a importância de aliar tecnologia e consultoria. “A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa, mas o turismo exige conhecimento técnico, empatia e experiência. A melhor economia não está apenas no valor da passagem, mas na escolha acertada de todo o trajeto”, conclui.
Sobre Santuza Macedo:
Santuza Macedo é empreendedora e especialista em turismo e cruzeiros. CEO da Diamond Viagens, possui vasta experiência internacional e atuou em Orlando (EUA), com foco em experiências personalizadas para turistas brasileiros. Hoje, promove roteiros e excursões no Brasil, com destaque para o Sul Fluminense, além de oferecer consultoria para quem deseja ir para Orlando.
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PAULO NOVAIS PACHECO
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