O ambiente criado para a edição de 2025, realizada pela primeira vez no Parque da Água Branca, em São Paulo, propõe uma imersão em um jardim tropical que celebra a continuidade entre gerações, o diálogo com o bioma local e uma experiência sensorial profunda. “O Parque tem uma vegetação exuberante e uma identidade muito forte. Nosso desafio foi criar um espaço que respeitasse esse entorno e, ao mesmo tempo, convidasse o visitante a viver algo novo e envolvente”, explica Gilberto Elkis.
Com trilhas sinuosas e vegetação abundante, o espaço foi concebido como um refúgio natural dentro da mostra. Espécies como Fênix, Areca, Alpinias, Bambus, Raphis, Costelas-de-Adão, Licualas, Iris, Chamaedoras, Strelitzias, Pacova e Ravenala compõem um mosaico de formas, volumes e texturas. A curadoria botânica priorizou plantas tropicais nativas ou já adaptadas ao clima da cidade de São Paulo, muitas das quais já fazem parte do próprio parque. “Fizemos questão de escolher espécies que se integram naturalmente ao solo e às condições locais. Isso garante não só a beleza do espaço, mas também sua harmonia com o ecossistema ao redor”, afirma Caroline Elkis.
Entre os destaques, está a exótica Musa ornata — a bananeira rosa — utilizada pela primeira vez por Gilberto e Caroline em uma mostra. A espécie chama atenção pela coloração vibrante e reforça o caráter onírico do projeto. “Ela traz um elemento de surpresa e encantamento que ajuda a traduzir a ideia de semear sonhos”, completa Caroline.
A integração com o bioma local também se reflete na presença de exemplares nativos da Mata Atlântica e do Cerrado paulista, como pau-ferro e figueira. Muitas das espécies escolhidas atraem polinizadores e fortalecem a biodiversidade do espaço, mesmo sem foco específico em plantas aromáticas ou medicinais. “O valor simbólico está mais na composição do todo do que em espécies isoladas. Criamos um ambiente que transmite paz, acolhimento e uma sensação de respiro”, resume Caroline.
A vegetação foi disposta de forma a criar um jardim à altura do olhar, onde o visitante caminha envolto por plantas de diferentes alturas e densidades. “A paisagem se revela em camadas, a cada passo. É um convite à contemplação, à desaceleração e ao bem-estar”, diz Gilberto.
A estreia da marca ELKIS+, que simboliza a continuidade do legado de 36 anos da Elkis Paisagismo, também marca o início de uma nova fase do escritório: a união entre a experiência consolidada de Gilberto e o olhar contemporâneo de Caroline. A proposta da dupla materializa o tema da edição, “Semear Sonhos”, com uma estética tropical refinada e sensível, que transforma o ambiente em um refúgio poético e atemporal no coração da cidade.
Sobre a CASACOR
Empresa do Grupo Abril, a CASACOR é reconhecida como a maior plataforma cultural de arquitetura, paisagismo, arte e design de interiores das Américas. O evento reúne, anualmente, renomados arquitetos, decoradores e paisagistas e em 2025 chega à sua 38a edição em São Paulo em um novo endereço, o Parque da Água Branca.
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