Consumidor digital confia mais em quem combate golpes online — e isso está mudando o jogo das marcas

Nova pesquisa da Branddi mostra que iniciativas contra fraudes digitais influenciam diretamente a confiança (e o bolso) do internauta

ANDRé ELOI
20/05/2025 18h07 - Atualizado há 1 mês

Consumidor digital confia mais em quem combate golpes online — e isso está mudando o jogo das marcas
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No meio de tantos golpes digitais circulando pela web, o comportamento do brasileiro online está passando por uma mudança importante: confiança não é mais uma questão só de preço ou entrega, mas também de segurança digital.

Uma pesquisa recente da Branddi, empresa focada na proteção de marcas na internet, revela que 88% dos usuários valorizam empresas que investem ativamente em medidas contra fraudes virtuais. Ou seja, no caos digital que virou o feed de anúncios, quem se protege — e protege o consumidor — sai na frente.
 

Mais golpes, mais cuidado — e, curiosamente, mais confiança


Pode parecer contraditório, mas mesmo com o crescimento expressivo dos crimes digitais em 2024 (um salto de 45% em comparação com o ano anterior, segundo a ADDP), os brasileiros estão mais confiantes para comprar pela internet. Segundo o estudo, 84% dos consumidores afirmam se sentir seguros em transações online, e esse número aumentou 62% nos últimos seis meses.

Essa mudança tem explicação: mais educação digital e mais atenção na hora de clicar. Cerca de 86% dos entrevistados relatam estar mais atentos a sinais de golpes, principalmente em anúncios e e-commerces desconhecidos.
 

O golpe tá (mesmo) aí: anúncios falsos viraram estratégia de fraude

 

Com o crescimento dos marketplaces e a explosão do varejo em redes sociais, os anúncios online se tornaram terreno fértil para golpistas. A tática é conhecida: imitações perfeitas de propagandas legítimas, com logos, slogans e até linguagem parecida, levam o usuário a sites fraudulentos que simulam lojas reais.

Casos recentes envolvendo grandes marcas, como promoções falsas com preços irreais atribuídas ao Magalu, mostram como esse tipo de golpe afeta tanto consumidores quanto a imagem das empresas — e gera concorrência desleal em larga escala.

Apesar disso, os anúncios continuam funcionando: 71% dos entrevistados já compraram algo depois de ver uma propaganda online. Mas agora, o consumidor está mais criterioso. Antes de fechar a compra, ele confere se o site é oficial (80%), procura avaliações de clientes (69%) e investiga a reputação da loja (65%).
 

Segurança como diferencial de marca no digital

 

Cada clique virou uma escolha de confiança. E as marcas que entendem isso estão saindo na frente. Para a maioria dos consumidores ouvidos na pesquisa, a atuação ativa contra fraudes online não é apenas desejável — é um diferencial competitivo.

Do ponto de vista das empresas, a proteção digital deixou de ser uma preocupação secundária para se tornar uma prioridade estratégica. A presença de anúncios fraudulentos compromete diretamente os resultados, pois golpistas exploram a credibilidade das marcas legítimas para desviar tráfego, aplicar golpes e corroer a reputação construída ao longo do tempo.

Além de prejuízos financeiros, a negligência diante das fraudes digitais impacta a confiança do público — e a confiança é um dos principais ativos no ambiente online. Investir em tecnologia de proteção e monitoramento de ameaças se tornou parte essencial da gestão de marca.

A cobrança do público é clara: 57% esperam que as próprias marcas removam conteúdos fraudulentos, enquanto 40% defendem que plataformas como redes sociais e serviços de anúncios também assumam responsabilidade no combate aos golpes.
 

No fim, o que o internauta quer é transparência (e segurança)

 

Mais do que detectar e eliminar tentativas de fraude, os consumidores esperam transparência. As marcas que se comunicam abertamente sobre os riscos e as medidas adotadas transmitem cuidado — e esse cuidado gera fidelidade.

Oferecer um ambiente seguro de compra não é apenas uma solução técnica: é uma demonstração prática de respeito com o cliente. Num cenário em que a confiança se tornou critério de escolha, a segurança digital é hoje uma das fronteiras mais estratégicas do relacionamento com o consumidor.


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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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