A influência do ambiente digital nos casos de violência nas escolas 

(*) Luciana da Silva Rodrigues 

JULIA ESTEVAM
16/05/2025 10h29 - Atualizado há 8 horas

A influência do ambiente digital nos casos de violência nas escolas 
Rodrigo Leal

A violência invadiu o espaço escolar e vem atingindo números alarmantes. De acordo com a Agência Brasil, no ano de 2023 houve um aumento de 50% nas denúncias registradas pelo Disque 100 entre os meses de janeiro e setembro, totalizando 9.530 casos e mais de 50 mil violações de direitos, como bullying, ameaças e agressões físicas e psicológicas. No ano de 2025, este cenário vem sendo agravado pelos desafios virais que circulam na internet, incentivando comportamentos violentos entre crianças e adolescentes, e muitos casos, inclusive chegando a óbito. 

Recentemente, no combate desenfreado desta violência, o Ministério da Educação lançou o Programa “Escola que Protege”, como uma possibilidade de enfrentamento e reorganização do ambiente escolar. No entanto, é imprescindível que haja uma mobilização conjunta entre governo, comunidade escolar e famílias para reconstruir um ambiente educacional seguro e acolhedor.  

A escola, antes considerada um espaço seguro, tem se tornado palco de conflitos que refletem problemas sociais mais amplos. A influência das redes sociais e a propagação de desafios perigosos evidenciam a exposição excessiva ao ambiente digital e o fácil acesso a conteúdos cada vez mais violentos, carregados de questões que afetam profundamente a vida de crianças e adolescentes vulneráveis e emocionalmente despreparados. 

Diante deste cenário alarmante, é urgente reconhecer que o crescimento da violência nas escolas não é um fenômeno isolado, mas reflexo direto da negligência com a educação digital, que deveria ser tratada com prioridade nas políticas educacionais. 

Ensinar crianças e adolescentes a usar a internet com responsabilidade, senso crítico e empatia é uma das formas mais eficazes de frear o avanço da violência simbólica e física que começa no ambiente virtual, e se torna real, de maneira trágica, no dia a dia e dentro dos muros das escolas. 

 

(*) Luciana da Silva Rodrigues é mestre em Educação Profissional, graduada em Pedagogia e professora de Pós-graduação no Centro Universitário Internacional Uninter. 


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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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