O envelhecimento da infraestrutura predial em regiões urbanas tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente na zona sul de São Paulo. Prédios residenciais construídos nas décadas de 1970 e 1980, comuns em bairros como Santo Amaro, Saúde e Campo Limpo, enfrentam atualmente um aumento na incidência de vazamentos ocultos, comprometendo não apenas a estrutura das edificações, mas também a saúde dos moradores.
Segundo levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, mais de 40% da água potável distribuída na cidade de São Paulo é perdida antes de chegar ao consumidor, sendo grande parte devido a vazamentos em redes internas e externas. A situação é agravada em edifícios mais antigos, cuja tubulação sofre desgaste natural ao longo dos anos.
“Em imóveis com mais de 30 anos, a tubulação costuma estar fragilizada e muitos dos vazamentos não são visíveis a olho nu. Por isso, os moradores só percebem o problema quando já há infiltrações visíveis ou aumento repentino na conta de água”, explica Felipe Miguel, técnico especialista em caça vazamentos de água, que atua na zona sul de São Paulo.
Nos últimos meses, empresas que prestam serviços de caça vazamento na zona sul têm registrado aumento significativo nas solicitações, principalmente de síndicos e administradoras de condomínios. O crescimento é atribuído à combinação de fatores como altas temperaturas, maior consumo de água e falhas estruturais.
A identificação precoce de vazamentos é considerada essencial para evitar danos mais graves. Técnicas modernas como geofonamento, vídeo inspeção e termografia permitem localizar com precisão o ponto de perda sem a necessidade de quebra de pisos ou paredes, o que reduz os custos de reparo e o tempo de intervenção.
Ainda de acordo com o Instituto Trata Brasil, o desperdício de água gera impactos financeiros e ambientais severos. Em 2022, o volume de água não faturada no estado de São Paulo foi suficiente para abastecer mais de 20 milhões de pessoas por um ano. Isso reforça a importância da detecção eficiente de vazamentos também em ambientes residenciais.
Na zona sul, bairros com maior concentração de edifícios antigos são os mais afetados. Administradores têm recorrido a laudos técnicos periódicos como medida preventiva. A contratação de empresas especializadas em caça vazamento na zona sul tem se mostrado uma prática cada vez mais comum, sobretudo após o aumento nas tarifas de água e energia.
A expectativa de especialistas é que a demanda por serviços de detecção de vazamentos continue crescendo nos próximos anos, à medida que a conscientização sobre o uso racional da água se intensifica e a infraestrutura urbana envelhece. A inspeção preventiva já é tratada como uma aliada da sustentabilidade em condomínios residenciais.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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