Estação Simplício: onde a história encontra cultura, economia e gastronomia de excelência

Uma iniciativa público-privada de sucesso que populariza a história, eleva a cultura e promove a gastronomia

AS
13/05/2025 15h04 - Atualizado há 18 horas

Estação Simplício: onde a história encontra cultura, economia e gastronomia de excelência
Estação Simplício - Cultura, história e gastronomia
Às margens do Rio Paraíba do Sul, entre as curvas que dividem Minas Gerais e o Rio de Janeiro, repousa um pedaço vivo da memória ferroviária brasileira. Na zona rural de Além Paraíba, no coração da Zona da Mata Mineira, está a Estação Simplício — construída em 1871, ainda no Brasil Imperial. O tempo passou, os trilhos silenciaram, mas o prédio resistiu. Hoje, ele pulsa com nova vida.
Mais do que um monumento histórico, a Estação se reinventou como ponto de encontro entre passado e presente. Cultura, passado e uma gastronomia de excelência se encontram, onde cada detalhe conta uma história — e cada prato serve também como homenagem.
Quem chega ao restaurante instalado no antigo prédio ferroviário encontra uma costela defumada de dar orgulho, premiada pelo Festival Gastronômico de Além Paraíba, além de diversas outras delícias de dar água na boca. A Estação Simplício é muito mais que um bom restaurante. Ela é também exemplo de como o investimento público em cultura pode gerar efeitos econômicos e sociais duradouros. É assim que enxerga o empresário Brasilino Bittencourt, gestor do restaurante.

O prédio da estação histórica passou por um investimento inicial de aproximadamente R$ 1,7 milhão (equivalente a cerca de R$ 2,6 milhões em valores de abril de 2025), destinado à sua reforma estrutural. Em seguida, o espaço foi transformado em um empreendimento cultural — reunindo restaurante, bar e área para eventos — por meio de uma concessão ao empresário Brasilino Bittencourt.
Essa nova fase, marcada pela reforma aliada à concessão, transformou a Estação em um ponto de encontro entre cultura e gastronomia, demonstrando que os impactos desse investimento vão muito além da preservação patrimonial. O restaurante, por exemplo, movimenta diversos setores econômicos ao demandar insumos da agropecuária (alimentos in natura), da indústria (processados, bebidas e embalagens plásticas) e de serviços como segurança e paisagismo. Grande parte desses insumos é fornecida por moradores do próprio município ou por produtores da região.
A economista Paula Esquerdo explica que um investimento que não fica restrito ao seu ponto de origem, mas que se espalha em ondas pela economia local gera um efeito multiplicador na economia. A economista destaca que empreendimentos que dão preferência aos fornecedores locais potencializam esse efeito, pois mantêm a circulação de recursos dentro da própria comunidade. Isso fortalece pequenos negócios, gera empregos, estimula o empreendedorismo regional e contribui para o desenvolvimento sustentável do território.
O investimento em cultura não se mede apenas em cifras. Ele é também ferramenta de coesão social e revitalização urbana. A Estação Simplício, hoje, devolve autoestima à cidade e fortalece o senso de pertencimento dos moradores. Torna-se espaço de encontro, memória, celebração e, sobretudo, de oportunidade. O objetivo maior de Brasilino Bittencourt é que as pessoas das diversas regiões do Brasil venham conhecer a história ferroviária e aproveitem para degustar os diversos pratos desenvolvidos por ele mesmo no Restaurante. Por isso, além da história viva da construção, ele promove exposições constantes e shows, que exaltam a boa música.
Para Paula Esquerdo, o caso do Simplício mostra que, com planejamento, gestão pública eficiente e articulação com o setor privado, é possível transformar um patrimônio esquecido em um motor de desenvolvimento local — unindo história, cultura e economia. E talvez seja por isso que a estação, construída para escoar café, hoje sirva para espalhar o aroma de uma nova prosperidade.
 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
AMANDA MARIA SILVEIRA
[email protected]


Notícias Relacionadas »