Falta de acessibilidade em lojas e shoppings dificulta compras para o Dia das Mães

Comércio desrespeita direitos garantidos por lei e afasta milhões de consumidores em uma das datas mais lucrativas do ano.

KEYLA ASSUNçãO
07/05/2025 17h41 - Atualizado há 15 horas

Falta de acessibilidade em lojas e shoppings dificulta compras para o Dia das Mães
Divulgação
Às vésperas do Dia das Mães, quando o comércio registra uma de suas maiores movimentações do ano, consumidores surdos enfrentam uma barreira constante: a falta de acessibilidade nas lojas e shoppings. A ausência de atendentes que dominem a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a escassez de recursos visuais e a falta de preparo das equipes tornam a experiência de compra excludente para milhares de brasileiros.
No Brasil, 11 milhões de pessoas têm algum grau de surdez, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, muitos se comunicam prioritariamente por Libras. No entanto, o comércio ainda negligencia essa realidade, deixando de oferecer um atendimento inclusivo e respeitoso.
Especialistas em inclusão alertam que o problema não é novo, mas continua sendo ignorado. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) garante o direito à comunicação acessível. Mesmo assim, a maioria dos estabelecimentos comerciais ainda não adota medidas básicas, como treinamento em Libras, uso de tecnologias assistivas ou contratação de profissionais surdos.

Segundo Cleber Santos, CEO da empresa brasileira Helpvox, é preciso entender que acessibilidade não é caridade, é direito. Incluir a comunidade surda no atendimento é respeitar sua identidade linguística e garantir igualdade de oportunidades. “Além da violação de direitos, a exclusão de pessoas surdas representa uma perda para o próprio varejo. Neste Dia das Mães, a reflexão vai além do presente: trata-se de garantir que todos possam participar, escolher e celebrar — com igualdade de condições”, diz Santos.
Em um período em que o apelo emocional e o estímulo ao consumo aumentam, como o Dia das Mães, a exclusão de parte dos consumidores é não apenas um erro ético, mas estratégico. A adaptação de espaços físicos, treinamento de equipes e o investimento em comunicação acessível são medidas urgentes e possíveis.

Saiba mais sobre a Helpvox acessando: @helpvox
 

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KEYLA RAMOS ASSUNCAO
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