Do visto ao diploma: regras e direitos de quem estuda nos Estados Unidos.

Um ponto que merece atenção é o uso das redes sociais. Apesar da liberdade de expressão ser protegida, publicações que possam ser interpretadas como ameaças à segurança nacional

SAMANTHA DI KHALI
29/04/2025 17h05 - Atualizado há 4 horas

Do visto ao diploma: regras e direitos de quem estuda nos Estados Unidos.
Divulgação

Estudar nos Estados Unidos é o projeto de vida de milhares de estudantes internacionais que enxergam nas universidades americanas a combinação perfeita entre excelência acadêmica e vivência multicultural. De cursos de inglês a programas de graduação e MBAs de renome, a experiência pode ser transformadora. Mas para que o sonho não se transforme em desafio legal, é essencial entender os direitos e deveres que acompanham o visto de estudante.

Estudantes estrangeiros são protegidos por uma série de normas federais e estaduais que asseguram sua dignidade e bem-estar no país. Isso inclui o direito à liberdade de expressão e opinião — inclusive em discussões políticas ou sociais no ambiente universitário — e a proteção contra qualquer forma de discriminação, seja por nacionalidade, religião, gênero ou orientação sexual.

As instituições também devem oferecer ambientes seguros e acolhedores, com acesso a serviços de saúde mental, orientações acadêmicas e suporte psicológico. Além disso, os estudantes têm o direito de participar de clubes, eventos, congressos e, em alguns casos, até de estágios supervisionados, o que enriquece ainda mais a vivência educacional.

Apesar de todos esses direitos, o estudante internacional precisa observar regras migratórias rigorosas para manter seu status legal. O primeiro ponto é estar matriculado em tempo integral e não interromper os estudos sem notificar a instituição e as autoridades migratórias. Também é fundamental evitar qualquer envolvimento com atividades ilegais, como uso de drogas ou condutas violentas, que podem levar à deportação imediata.

Um ponto que merece atenção é o uso das redes sociais. Apesar da liberdade de expressão ser protegida, publicações que possam ser interpretadas como ameaças à segurança nacional podem acarretar a revogação do visto. Por isso, prudência e bom senso são indispensáveis no ambiente digital.

Estudantes com visto F-1, o mais comum para cursos acadêmicos, podem trabalhar em condições específicas. Durante o primeiro ano, o trabalho deve estar restrito ao campus universitário. Após esse período, programas como o Curricular Practical Training (CPT) e o Optional Practical Training (OPT) permitem experiências profissionais fora da instituição — sempre com autorização prévia do USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA).

Especialistas em educação internacional ressaltam que há uma diferença importante entre vistos emitidos por consulados e aqueles obtidos por mudança de status dentro dos EUA. “Se o estudante obteve o F-1 por ajuste de status, ele deve solicitar uma autorização de viagem específica para sair e retornar ao país”, explica. A autorização precisa ser endossada pelo DSO (Designated School Official), confirmando que o aluno está em bom status e pretende continuar seus estudos após a viagem.

O caso dos MBAs: oportunidades e planejamento futuro

Os programas de MBA atraem um perfil específico: profissionais experientes que desejam alavancar suas carreiras com uma formação internacional de alto nível. Esses estudantes devem estar atentos a feiras de recrutamento promovidas pelas universidades, programas de OPT para prática profissional e orientações do career center sobre transições para o mercado de trabalho americano. A especialista em educação internacional Alessandra Crisanto, destaca que esse planejamento é essencial para maximizar as oportunidades após a conclusão do curso e garantir uma transição eficaz para o mercado de trabalho nos Estados Unidos.

É importante lembrar que mesmo em cursos de pós-graduação, o visto de estudante não permite a permanência definitiva no país nem garante emprego após a conclusão do curso. Por isso, um planejamento migratório claro — que pode incluir vistos de trabalho (como H-1B), opções de extensão do OPT para áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) ou transição para outras categorias de visto — deve ser considerado desde o início da experiência acadêmica.

A jornada acadêmica nos Estados Unidos pode abrir portas para uma vida pessoal e profissional de grande impacto. Mas ela exige responsabilidade, atenção às leis e um planejamento migratório bem estruturado. Estudantes informados não apenas protegem sua permanência legal no país, como também aproveitam ao máximo as oportunidades de crescimento que uma educação internacional pode proporcionar — inclusive abrindo caminhos para uma possível carreira ou residência permanente nos EUA.

Saiba mais informações pelo Instagram da

Alessandra Crisanto e Study & Work USA 

@studyandworkusa

@alessandracrisanto

 

 

 

 


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