Profissionais autistas lidam com falta de programas de inclusão específicos para acesso ao mercado de trabalho
LARISSA CANOVA
28/04/2025 09h59 - Atualizado há 15 horas
Divulgação
A participação de pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEA) no mercado de trabalho ainda é muito limitada. Estima-se que há por volta de três milhões de autistas adultos no Brasil baseado em dados de prevalência internacionais (CDC) e, de acordo com o IBGE, 85% dos profissionais autistas estão fora do mercado de trabalho. A falta de políticas estruturadas e treinamentos específicos, além do preconceito ainda existente nas empresas e o estigma em torno da neurodiversidade são fatores que marcam esse cenário. As incertezas macroeconômicas no Brasil têm impactado a continuidade de vários projetos de inclusão nas empresas. Muitos empresários, diante da instabilidade financeira, estão priorizando questões que envolvem redução de custos imediatos, o que acaba afetando investimentos em iniciativas de inclusão. Isso gera uma paralisação ou, até mesmo, uma descontinuidade de algumas ações de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), incluindo programas específicos para neurodivergentes. De acordo com Arlene Amorim, Gerente do Setor de Ensino do Grupo Conduzir, a suspensão ou diminuição de iniciativas de inclusão pode ter sérios impactos na saúde mental de pessoas neurodivergentes, pois gera um ambiente de insegurança e sensação de abandono. “A falta de programas de inclusão e apoio pode aumentar o estresse, a ansiedade e o sentimento de inadequação desses profissionais, pois eles se sentem menos compreendidos e sem o suporte necessário para se desenvolver plenamente em suas funções. Além disso, a falta de estrutura para lidar com as especificidades das pessoas neurodivergentes pode aumentar o risco de burnout e de dificuldades emocionais”, comenta. Nos últimos anos, muitas empresas têm assumido um compromisso público de aumentar a diversidade e a inclusão, mas ainda falta uma aplicação concreta e eficaz dessas políticas no caso específico de neurodivergentes. “Embora haja uma crescente conscientização sobre as capacidades dos autistas, muitas empresas ainda têm um entendimento superficial sobre o que esses profissionais podem oferecer. Muitos empregadores não reconhecem as habilidades únicas dos autistas, como a atenção aos detalhes, habilidades técnicas e capacidade de foco em tarefas específicas”, enfatiza Arlene. Empresas que abraçam a diversidade, incluindo a neurodiversidade, têm uma capacidade de inovação até 20% maior, o que pode ser um diferencial estratégico no mercado competitivo atual. “Para serem de fato inclusivas, as empresas precisam ir além do cumprimento da legislação e adotar mudanças na cultura organizacional. Isso inclui a criação de programas de sensibilização e treinamento sobre neurodiversidade, ajustes no ambiente de trabalho, como a flexibilização de horários ou adaptação de espaços, e a oferta de apoio psicológico e coaching especializado. Além disso, é fundamental que sejam reavaliados processos seletivos, oferecendo um ambiente mais acessível e justo, e promovendo a inclusão através de líderes e equipes capacitadas para lidar com as diferentes necessidades”, finaliza.
SOBRE O GRUPO CONDUZIR
Referência em Terapia ABA, abordagem baseada na Análise do Comportamento Aplicada, o Grupo Conduzir se dedica a promover o desenvolvimento e a inclusão de pessoas autistas na sociedade. Com um trabalho focado na transformação de vidas, já impactou mais de mil famílias brasileiras, oferecendo suporte especializado e promovendo mais qualidade de vida e aprendizagem. Suas unidades em Campinas (SP) e Niterói (RJ) recebem diariamente crianças, jovens e adultos para tratamento interdisciplinar. Além disso, a atuação se estende por diversas cidades do país. CONTATOS PARA A IMPRENSA
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