Criptomoedas e Inteligência Artificial: o futuro da inovação já começou
Especialista do Mackenzie analisa como duas das maiores forças tecnológicas estão moldando novos caminhos para o mercado financeiro
Aline Oliveira
15/04/2025 12h53 - Atualizado há 2 dias
Crédito da imagem: Freepik
A convergência entre criptomoedas e inteligência artificial (IA) está abrindo uma nova fronteira para a inovação. O que antes parecia restrito ao universo da tecnologia ou das finanças de alto risco, hoje já influencia o dia a dia de empresas, governos e cidadãos em todo o mundo. É importante esclarecer que negociações com criptomoedas são legalizadas no Brasil, tanto como forma de investimento quanto de pagamento. O que precisa ficar claro é que a movimentação deve respeitar as normas da Receita Federal e demais órgãos reguladores. O Banco Central e a CVM já acompanham esse mercado, e há inclusive discussões avançadas sobre regulamentação mais específica — o que reforça sua legalidade e importância econômica. Segundo Dirceu Matheus Júnior, coordenador e professor dos cursos de graduação e pós-graduação na área de Computação da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a união entre blockchain e algoritmos inteligentes está promovendo uma verdadeira revolução na forma como nos relacionamos com o dinheiro, com a segurança digital e com a própria ideia de confiança. “O que estamos vendo é a formação de um ecossistema digital onde a descentralização das criptomoedas se une à capacidade analítica da inteligência artificial, criando soluções mais eficientes, seguras e transparentes”, explica Dirceu. Pesquisas conduzidas por instituições como Harvard, MIT e Oxford comprovam esse movimento. De um lado, universidades investigam como sistemas de tokens e ativos digitais baseados em blockchain podem promover inclusão econômica e gerar liquidez para o mercado. Do outro lado, ferramentas de IA estão sendo desenvolvidas para prevenir fraudes, prever flutuações de preços e automatizar contratos inteligentes que se adaptam em tempo real ao contexto dos negócios. Aplicações de IA oferecem mais segurança para o mercado financeiro Entre as aplicações já em curso, Dirceu destaca o uso de IA para prever tendências no mercado financeiro, monitorar redes blockchain contra atividades ilícitas e apoiar decisões de investimento mais informadas. “O atual cenário da economia global não deixa dúvidas de que essas tecnologias não podem ser tratadas como tendências, pois já são aplicadas em setores como logística, saúde, educação e até em estratégias de governança mais transparentes em países com altos índices de corrupção”, argumenta. Nesse sentido, a aplicação da IA na gestão de riscos no mercado de criptomoedas é verificada na análise de dados históricos, tendências de mercado e prevenção de ataques, além de sugerir estratégias para reduzir as tentativas de ataques cibernéticos. Com esse entendimento, o setor empresarial consegue tomar decisões mais assertivas, de modo eficaz e seguro. Sendo assim, a adoção da IA na gestão de riscos auxilia nos seguintes contextos: - Modelagem preditiva para avaliar a volatilidade do mercado e potenciais crises. - Ferramentas de avaliação de risco que avaliam a exposição a vários ativos de criptomoeda. - Análise de cenários para se preparar para condições extremas de mercado e seus efeitos. - Análises em tempo real para monitorar níveis de risco e ajustar estratégias adequadamente. - Integração de insights baseados em IA em estruturas de conformidade regulatória. Apesar do potencial, o professor do Mackenzie alerta para desafios que ainda precisam ser enfrentados. Questões como privacidade dos dados, regulamentações internacionais e o uso ético da inteligência artificial exigem atenção constante. “É preciso garantir que essas tecnologias trabalhem a favor da sociedade. A inovação só faz sentido se for inclusiva, responsável e centrada nas pessoas”, completa. O futuro que se desenha, segundo pesquisadores e especialistas de mercado, vai além das transações financeiras. Desse modo, a IA e criptomoedas estão ajudando a escrever uma nova era digital, mais conectada, segura e com maior potencial de transformação social. E o Brasil, com instituições de ensino e pesquisa de excelência, pode ser protagonista nessa história. *Dirceu Matheus Júnior Coordenador de Especialização Lato Sensu – da Universidade Presbiteriana Mackenzie – Campus Higienópolis. Professor Colaborador do Programa de Mestrado Profissional em Computação Aplicada - Mackenzie Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
Aline de Oliveira Silva
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FONTE: Assessoria de Imprensa