Dando continuidade à política de valorização do funcionalismo público, a Prefeitura de São Paulo enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que prevê um reajuste salarial de 5,2% para todos os servidores municipais. O aumento contempla ativos, comissionados, aposentados e pensionistas com paridade, e representa um impacto de R$ 1,2 bilhão nos cofres públicos. Esta será a terceira revisão anual consecutiva, após mais de duas décadas em que os reajustes eram simbólicos.
Desde 2021, a Prefeitura vem implementando um plano de valorização das carreiras, com atenção especial aos salários iniciais de categorias como guardas civis metropolitanos, professores e profissionais da saúde. Guardas municipais, por exemplo, tiveram aumento de até 84,5%, com o salário inicial passando de R$ 2.180,00 para R$ 4.022,93. Já professores em regime de 40 horas viram seus vencimentos iniciais crescerem 45%, chegando a R$ 5.533,09 — valor superior ao piso nacional da categoria.
O projeto também propõe um aumento adicional de 6,27% para parte dos profissionais da educação, além do reajuste geral. Atualmente, mais da metade dos 70 mil professores da rede municipal já recebe salário acima de R$ 7.856,00. A categoria ainda conta com benefícios como gratificações, auxílio-refeição, vale-alimentação e prêmios de desempenho que fortalecem a política de valorização profissional da rede.
Apesar dos avanços, a Prefeitura manifestou preocupação com a possibilidade de paralisação por parte de sindicatos da educação. Em nota, a gestão municipal destacou que movimentos grevistas, diante dos investimentos e melhorias salariais contínuos, devem ser tratados com responsabilidade, evitando prejuízos para mais de um milhão de alunos da rede pública.
A secretária municipal de Gestão, Marcela Arruda, afirmou que os esforços da administração refletem um compromisso com a valorização dos servidores dentro dos limites orçamentários. “Desde 2021, nomeamos mais de 29 mil novos servidores e investimos mais de R$ 7 bilhões na valorização do funcionalismo”, ressaltou. A Prefeitura reforça seu compromisso com os educadores, mas alerta para a importância de preservar o direito à educação das crianças paulistanas.
