Como o tarifaço impacta nas indústrias do Brasil?
AGÊNCIA A+
09/04/2025 09h47 - Atualizado há 1 semana
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A intensificação da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, especialmente com a ameaça de Trump de impor tarifas de até 50% sobre produtos chineses, está gerando repercussões globais, e o Brasil não está imune a esse impacto. Embora o foco da disputa esteja entre essas duas potências, o efeito é sentido mundialmente, afetando mercados e indústrias em diversas regiões, incluindo o Brasil.
O Ministério do Comércio da China já anunciou que tomará medidas retaliatórias caso as tarifas sejam impostas. Para a China, essa guerra tarifária é uma prática de intimidação, sem vencedores, e suas consequências podem afetar cadeias produtivas globais. A Associação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Rio Indústria) ressalta que a disputa está gerando aumento nos preços dos produtos importados, o que também atinge o Brasil, uma economia integrada aos mercados internacionais, com fortes vínculos com insumos e exportações.
“Apesar das dificuldades, o Brasil pode tentar tirar proveito da situação, caso consiga aumentar suas exportações para os EUA, caso a China perca espaço no mercado norte-americano. Contudo, as tarifas também elevam os preços dos insumos industriais, o que torna as indústrias brasileiras menos competitivas, já que o país enfrenta custos internos elevados, como a carga tributária e problemas estruturais”, alerta o presidente Sérgio Duarte.
Além disso, a entidade afirma que a guerra comercial afeta a volatilidade financeira global, impactando o câmbio e a confiança dos investidores, o que pode tornar os insumos mais caros e aumentar os custos de produção. “A desvalorização do real, em particular, agrava essa situação, tornando as indústrias brasileiras ainda mais vulneráveis no mercado internacional”, diz Sérgio Duarte.
Diante desse cenário, a Rio Indústria reitera que é essencial que as indústrias brasileiras adotem uma estratégia de diversificação das exportações e busquem aproveitar novas oportunidades, especialmente em mercados da Ásia e América Latina. “No entanto, o Brasil também precisa de reformas estruturais urgentes, como melhorias na infraestrutura e redução do custo Brasil, para aumentar a competitividade e reduzir os impactos dessa guerra comercial”, finaliza o presidente.
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JULIANA COSTA DOS SANTOS
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