Série ‘Adolescência’, da Netflix, impulsiona debate nas redes sobre o impacto da internet na infância e juventude

Segundo levantamento realizado pela Timelens, esse cenário tem levado pais a buscar mais controle sobre o consumo digital, resultando no aumento de 145% da procura por aplicativos de monitoramento

JULIA MATUK | PINEPR
07/04/2025 11h03 - Atualizado há 5 dias

Série ‘Adolescência’, da Netflix, impulsiona debate nas redes sobre o impacto da internet na infância e juventude
Unsplash | Matoo.Studio
 

Um estudo realizado pela Timelens, empresa de tecnologia e inteligência de dados para negócios, analisa a série recém lançada pela Netflix, Adolescência, que alcançou o #Top1 em 71 países, consolidando-se como um dos maiores sucessos recentes da plataforma. O título já soma 24 milhões de visualizações e 93 milhões de horas assistidas em apenas uma semana, entre os dias 10 e 16 de março de 2025, de acordo com dados do Netflix Tudum. 

Com o sucesso, a série reacendeu uma discussão essencial: o impacto do uso precoce da internet entre crianças e adolescentes. Olhando para dados do TIC Kids Online, atualmente 83% dos jovens possuem perfis em redes sociais. E o primeiro acesso à internet acontece cada vez mais cedo. Em 2022, 22,1% das crianças e adolescentes brasileiros acessaram a internet pela primeira vez com até 6 anos de idade. A crescente se reafirma quando olhamos para 2015: na época, apenas 11,5% das crianças tinham o primeiro acesso com essa idade.

Esse cenário tem levado pais a buscar mais controle sobre o consumo digital, resultando no aumento de 145% da procura por aplicativos de monitoramento nos últimos dois anos, sendo o bloqueio de conteúdos a principal medida adotada em 57% dos casos. No entanto, 70% das crianças já sabem ajustar as configurações de privacidade nas redes sociais, aumentando o debate sobre autonomia e segurança online.

Os números analisados com base em 214.532 menções no Instagram, X (antigo Twitter) e TikTok mostraram que 92,3% dos comentários sobre a série são positivos. Entre os aspectos mais elogiados, destacam-se sua popularidade global (22%), o debate sobre masculinidade tóxica (14%) e o impacto emocional profundo gerado na audiência (12%).


 

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JULIA MATUK LOURENÇO
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