Do café à bicicleta: como o Sul Fluminense passou a encantar viajantes com experiências reais

Turismo de experiência aquece economia local e se transforma em oportunidade estratégica para pequenos empreendedores da região

TINTEIRO ASSESSORIA DE IMPRENSA
06/04/2025 18h45 - Atualizado há 1 semana

Do café à bicicleta: como o Sul Fluminense passou a encantar viajantes com experiências reais
Divulgação

O turismo de experiência avança como uma das principais tendências no cenário brasileiro, impulsionado pela busca de vivências autênticas e conexões verdadeiras com a cultura local. No Sul Fluminense, essa tendência já transforma o perfil do turismo e abre novas oportunidades para pequenos negócios. De fazendas centenárias a rotas de cicloturismo, a região se consolida como um destino promissor para quem quer mais do que apenas visitar: quer sentir, provar, participar.

Segundo dados do Sebrae, o turismo de experiência já responde por cerca de 60% do faturamento dos pequenos negócios da cadeia turística no país. Isso porque, mais do que roteiros tradicionais, os viajantes modernos buscam atividades que despertam os sentidos, ativam emoções e criam vínculos com o lugar visitado. “O turista de hoje quer sair do papel de espectador e assumir o protagonismo da viagem. Ele quer tocar, aprender, experimentar. É uma nova forma de viajar, muito mais rica e transformadora”, explica Santuza Macedo, especialista em turismo e CEO da Diamond Viagens.

Cultura, história e sabor no coração do Vale do Café

O Sul Fluminense reúne todas as condições para se destacar nesse cenário. Cidades como Vassouras, Conservatória, Barra do Piraí e Valença, conhecidas por suas fazendas históricas do ciclo do café, têm investido em experiências que unem história, gastronomia e vivências culturais. Os visitantes podem participar da colheita do café, aprender sobre o cultivo e o beneficiamento dos grãos, degustar pratos típicos do século XIX e se encantar com a hospitalidade local.

“Ao explorar essas fazendas, o turista não conhece apenas um ponto turístico. Ele entra na memória viva da região, saboreia receitas tradicionais e ouve histórias contadas por quem vive ali. É uma viagem no tempo que envolve todos os sentidos”, destaca Santuza.

Esse tipo de turismo também promove a valorização do território, incentiva a preservação do patrimônio cultural e gera renda para a comunidade. “É uma forma de desenvolvimento sustentável que movimenta pequenos produtores, cozinheiros locais, guias, artesãos e produtores culturais”, completa a especialista.

Cicloturismo: pedalando por novas oportunidades

Outra vertente que ganha força na região é o cicloturismo. Com paisagens encantadoras, estradas secundárias tranquilas e clima ameno, o Sul Fluminense tem atraído ciclistas de todo o estado e de outras regiões do Brasil. De olho nesse público crescente, Santuza Macedo aponta caminhos para os empreendedores locais se adaptarem e lucrarem com essa nova demanda.

“As cidades que compreendem as necessidades dos ciclistas e se preparam para recebê-los com estrutura e hospitalidade saem na frente”, afirma. Ela recomenda que pousadas, restaurantes e comércios invistam em serviços simples, como suporte para bicicletas, alimentação reforçada para esportistas, sinalização de rotas seguras, parcerias com guias e até pontos de hidratação gratuitos. “São detalhes que fazem a diferença na hora de fidelizar esse público e posicionar a região como referência em cicloturismo”, diz.

Inovação e empreendedorismo com sabor local

Para os pequenos empreendedores, o turismo de experiência representa uma chance real de diferenciação. Atividades como oficinas de culinária regional, produção artesanal, trilhas guiadas com histórias locais, vivências em hortas orgânicas e retiros culturais são exemplos de iniciativas que estão sendo bem recebidas pelos visitantes. “O segredo está em transformar o que é simples para quem vive aqui em algo especial para quem vem de fora. O cotidiano local pode ser uma grande experiência turística”, reforça Santuza.

E o ambiente regional está propício. Dados da Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) mostram que cidades como Volta Redonda, Angra dos Reis e Resende registraram bons índices de abertura de novos negócios em fevereiro de 2025, reflexo direto de um mercado em expansão e com alto potencial para inovação.

Dicas da especialista para quem quer começar:

  • Capacite-se: cursos de hospitalidade, atendimento ao cliente, trilhas, gastronomia e marketing digital podem transformar ideias simples em negócios sustentáveis.
     
  • Conecte-se com o digital: use redes sociais e plataformas de turismo para divulgar sua experiência e conquistar novos públicos.
     
  • Valorize a cultura local: aposte no que é típico, original e regional — do ingrediente ao sotaque.
     
  • Crie parcerias locais: integrar sua oferta com outros serviços da região amplia o valor percebido pelo turista.
     

“Os pequenos negócios têm um poder imenso de criar experiências memoráveis com poucos recursos. Basta planejamento, acolhimento e originalidade”, conclui Santuza Macedo.

 

Sobre Santuza Macedo

Santuza Macedo é empreendedora e especialista em turismo e cruzeiros, CEO da Diamond Viagens. Após 15 anos em Orlando, onde se especializou em receber turistas brasileiros nos Estados Unidos, retornou ao Brasil com o objetivo de promover o turismo nacional com foco em experiências personalizadas e imersivas. Atua com roteiros culturais, turismo multigeracional e desenvolvimento de excursões e vivências na região Sul Fluminense.


 

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PAULO NOVAIS PACHECO
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