Projeto, que leva o Choro a novos espaços do DF, terá apresentação aberta à comunidade da Administração Regional no dia 29 de março, às 9h. A agenda segue em abril em escolas e em uma ILPI - Instituição de longa Permanência de Idosos, com espaço aberto para difusão da história do Choro e a relevância do violão tenor para a música brasileira
Brasília (DF), 26 de março de 2025 - O projeto Tenor Chorão segue com sua segunda temporada em Brasília, trazendo o melhor do Choro a diversos públicos. Entre as próximas apresentações, destacam-se duas que serão abertas à população da região de Arniqueira: no dia 28 de março (sexta-feira), o grupo passa pela Escola Classe Arniqueira no período matutino, e no dia 29 de março (sábado) o show é na Administração Regional de Arniqueira, às 9h, com entrada aberta e gratuita para o público local. A programação chega também ao Instituto Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no dia 7 de abril. A temporada do projeto se encerra no dia 15, na EC 10 Taguatinga Sul.
Idealizado pelo multi-instrumentista Nícolas Madalena, o projeto busca resgatar a sonoridade do violão tenor — um instrumento com proporções ligeiramente menores que o violão tradicional e com apenas quatro cordas — e ampliar o acesso do público ao gênero musical. Um dos propósitos do músico ao criar o projeto foi atender às populações mais velhas de Brasília, já que segundo ele, a maioria dos projetos educativos culturais atendem a crianças. “A ideia de expandirmos o projeto para idosos e adultos visa preencher uma lacuna em Brasília, pois existe ausência da cultura para essas faixas etárias. Por isso, reformulamos o Tenor Chorão. A proposta é prestar um serviço para essas gerações”, destaca Nícolas. Além disso, ele destaca a importância de promover uma interação com pessoas que já tiveram contato com o Choro em diferentes fases da vida, mas que não encontram muitas oportunidades de se reconectar com o estilo atualmente.
As apresentações do projeto têm duração de 60 minutos e contam com um repertório variado, incluindo clássicos como "Carinhoso", "Rosa" de Pixinguinha, “Nova Ilusão” - gravada pelo grupo Os Cariocas e considerada um precursor da Bossa, além de peças de Garoto, Cacique e Zé Menezes. O público também terá a oportunidade de aprender mais sobre a história do Choro e a relevância do violão tenor para a música brasileira. "Durante as apresentações, não apenas tocamos, mas também compartilhamos conhecimento e interagimos com os espectadores", destaca o músico.
Para contemplar o público de idosos, no dia 7 de abril (período vespertino), o grupo passa pelo no Instituto Lar dos Velhinhos Maria Madalena, uma das Instituições sem fins lucrativos mais antigas do Distrito Federal, fundada em 1980. O lar é uma ILPI (Instituição de longa Permanência de idosos), reconhecida pelos mais de 40 anos de atuação.
Projeto conta com profissional de tradução em libras Além das próximas apresentações (veja serviço abaixo) que se encerram em 15 de abril, o projeto também já passou, desde fevereiro, por escolas e instituições para idosos. Até o final desta temporada, a previsão do grupo é atingir a cerca de 2.500 pessoas.
Formação musical O Tenor Chorão conta com renomados instrumentistas do cenário brasiliense, incluindo seu idealizador Nícolas Madalena (vioão tenor chorão), Nelson Latif (violão de sete cordas), Sidney Rosa (sanfona), Mariana Sardinha (cavaquinho) e Nathália Marques (pandeiro). Algumas apresentações contam ainda com participações especiais de Caio Handel (flauta) e Marcelo Lima (bandolim).
A iniciativa tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal e visa reforçar a presença do Choro na cena cultural da capital.
Sobre os artistas do projeto
Nícolas Madalena
É multi-instrumentista, compositor, pesquisador e um aventureiro musical, nascido e criado em Brasília. Toca cello, violão tenor, bandolim e baixo elétrico. É conhecido no cenário musical brasiliense pelo seu estilo único de tocar e por trabalhar com a linguagem da música popular. Como compositor foi finalista do concurso 7 Notes Challenge, de Serj Tankian. Gravou um disco em homenagem ao Canhoto da Paraíba. Também desenvolveu uma pesquisa sobre o violão tenor. Além do disco, possui dois singles, um EP e muitas parcerias em composições e projetos musicais.
Nelson Latif
Músico, sociólogo e gestor cultural, trabalhou por 27 anos na instituição holandesa Uit de Kust, coordenando oficinas de percussão e de música brasileira para estudantes europeus. O músico dedica sua carreira especialmente à música instrumental brasileira e tem feito constantes turnês internacionais nos últimos anos. É um dos integrantes do Trio Baru, Camerata Caipira e de outros projetos culturais. É fundador do Coletivo Educação pela Arte.
Mariana Sardinha Marçal
É graduada em Licenciatura em Música na UnB e formada pelo Curso Técnico em Bandolim na Escola de Música de Brasília. Toca flauta transversal, guitarra, cavaquinho, mas o gosto pelo samba e pela MPB a levou a experimentar instrumentos de percussão como o surdo, pandeiro e cajon. Pelo projeto Prata da Casa do Clube do Choro, tocou em diversas ocasiões juntamente com outros musicistas como o acordeonista Sivuquinha de Brasília, o flautista Sérgio Moraes e o bandolinista Tiago Tunes.
Nathália Marques
É instrumentista, arranjadora, compositora. Natural de Brasília, iniciou seus estudos em percussão na Orquestra de Metais e Percussão do Instituto Grupo Pão de Açúcar. Aos 18 anos, ingressou no curso técnico em Percussão Erudita da Escola de Música de Brasília. Como percussionista orquestral, atuou em algumas das principais orquestras e bandas brasilienses. Participou de festivais de música nacionais tais como o Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília (edições 36ª a 42ª), 35º Festival de Música da UFSM, entre outros.
Sidney Rosa
Amante da música desde muito cedo, Sidney Rosa hoje com 23 anos de carreira, vem cada vez mais ganhando espaço no cenário brasiliense. Começou sua trajetória como tecladista, depois também contra baixista atuando em trios de forró, bandas de baile e ao lado de cantores como Márcio Brasil, Beto Bandes e Di Brasil. Sua versatilidade e busca por novos desafios fez Sidney Rosa aprender um novo instrumento: o acordeão. Desde 2012, tornou-se também sanfoneiro.
SERVIÇO Projeto ‘Tenor Chorão’ – 2ª temporada
Próximas apresentações:
28/03 (sexta-feira), período matutino
Escola Classe – Arniqueira
Endereço: SHA conjunto 04, Sria II Qe 38 Cl Ae, 05 - Setor Habitacional Arniqueira
29/03 (sábado), às 9h
Administração Regional – Arniqueira
Endereço: SH Arniqueiras ADE Águas Claras lote 33 e 34 – Taguatinga
04/04 (sexta-feira) – períodos matutino (11h) e vespertino (13h)
CEIAC Águas Claras
Endereço: QS 11 conjunto R AE 01, Conj. R/04 Qs 11 Conjunto R - Taguatinga
* 07/04 segunda feira – (vespertino)
Instituto Lar dos Velhinhos Maria Madalena
Endereço: Smpw Trecho 3 Q 1, Conjunto A S/N - Núcleo Bandeirante
* 15/04 - (vespertino – 15h30)
EC 10 TAGUATINGA SUL
Endereço: St. D Sul QSD 18 AE 23 - Taguatinga, Brasília
VT da 1ª Temporada do projeto:
https://www.youtube.com/watch?v=MJMN0I9SCPs