Fundação CASA em Guarulhos discute respeito no Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
Jovens da Fundação CASA Guarulhos participaram de bate-papo com líder religiosa do candomblé; data também celebram as tradições de matrizes africanas
CAMILA SOUZA
25/03/2025 18h23 - Atualizado há 6 dias
Fundação CASA/Divulgação
Um grupo de 15 adolescentes que cumprem medida socioeducativa na Fundação CASA Guarulhos, localizada no município da Região Metropolitana de São Paulo, debateu o respeito à cor da pele e às tradições de matrizes africanas, assim como promover o fim do preconceito num bate-papo com a líder religiosa do candomblé Iyalorisa Claudia de Oya, conhecida como Mãe Claudia, do Ilê Asé Omo Oya. O momento de conscientização ocorreu na última sexta-feira (21), quando se celebrou o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como marco para ser lembrado o “Massacre de Shaperville”, ocorrido em 1960 na África do Sul. Na ocasião, 20 mil sul-africanos foram mortos durante a repressão militar violenta durante um protesto contra a limitação da circulação de pessoas negras durante o Apartheid. Já no Brasil, o dia 21 de março foi instituído, por meio da Lei nº 14.519/2023, como o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé. A líder espiritual conversou sobre as religiões com matrizes africanas, suas manifestações no Brasil e a luta contra o preconceito religioso. Ela também destacou as características do racismo e a importância do letramento racial para que não só as pessoas negras se reconheçam como também cobrem respeito às suas raízes, salientando o quanto ainda precisam ser respeitados pela sociedade. “Foi uma roda de conversa muito significativa, com quebra de tabus e preconceitos e com participação muito interessada dos adolescentes”, afirmou o diretor da Fundação CASA Guarulhos, Douglas Araújo de Souza. Desde 2023, Mãe Claudia realiza palestras e encontros no centro socioeducativo para discutir temas relacionados às tradições africanas, incluindo espiritualidade e tolerância pelo convívio social. A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, considera que “a conscientização sobre formas de eliminar o preconceito sobre a cor da pele ou da religião também é parte do processo socioeducativo dos adolescentes, assim como a criação da consciência sobre a liberdade e o direito de existência de todas as pessoas”. Sobre a Fundação CASA A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA), vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, aplica medidas socioeducativas conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE). Atendendo jovens de 12 a 21 anos incompletos em São Paulo, a Fundação executa medidas de privação de liberdade e semiliberdade, determinadas pelo Poder Judiciário, com base no ato infracional e na idade dos adolescentes, garantindo os direitos previstos em lei, pautando-se na humanização, e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social. Mais informações em: https://fundacaocasa.sp.gov.br/. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CAMILA APARECIDA DE SOUZA
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