A Fundação Dom Cabral (FDC) apresentou os resultados da primeira edição do programa B-EPIC (Brazil Enterprise Productivity & Inclusion Club), com foco na expansão de parcerias e fortalecimento da sua rede de impacto. Desenvolvido em parceria com a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, o programa visa impulsionar o crescimento empresarial através da inclusão social e do desenvolvimento de jovens aprendizes.
O evento, realizado na seda da FDC, em Belo Horizonte, reuniu líderes empresariais, especialistas em educação e jovens participantes do programa. Estiveram presentes Antonio Batista da Silva Junior, presidente executivo da Fundação Dom Cabral; Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, além de outros executivos de empresas interessadas em conhecer a iniciativa.
O programa impactou diretamente 62 jovens e 43 coordenadores foram capacitados em mentorias, desenvolvendo habilidades essenciais para guiar e inspirar as novas gerações.
“Ao longo das últimas cinco décadas, a Fundação Dom Cabral tem acompanhado as principais transformações sociais, comportamentais, econômicas e tecnológicas, sempre ao lado de lideranças e organizações de diversos setores. O B-EPIC incorpora esse conhecimento para, junto à Gerdau, apoiar esses jovens em sua jornada profissional e pessoal”, afirma Ana Carolina de Almeida, vice-presidente de Educação Social da FDC.
Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, destacou os benefícios da formação de jovens e lideranças para o desenvolvimento das empresas e comunidades. Cerca de 56% dos jovens que participaram do programa foram contratados pela empresa. “O B-EPIC é um programa que está muito alinhado aos nossos valores de empoderar as pessoas para que elas possam moldar um futuro mais próspero. Apoiar a formação de jovens aprendizes e formar lideranças preparadas para acolher e orientar diferentes gerações é um passo essencial para o sucesso das pessoas e das organizações”, afirmou.
Resultados evidenciam aprimoramento do conhecimento
A professora e coordenadora técnica do B-EPIC, Luciana Ferreira explica os resultados alcançados no programa. “Por meio do Net Promoter Score (NPS) medimos a experiência de aprendizagem dos jovens durante o programa. Exploramos 5 eixos: inteligência emocional; mundo do trabalho, linguagem e marca digital; empreendedorismo; e cidadania e diversidade. O NPS médio foi igual a 89,3, sendo igual a 94,8 quando considerada exclusivamente a experiência presencial”, esclareceu.
O progresso do monitoramento dos jovens participantes mostrou evolução, com aumento nas classificações “Bom” e “Ótimo”, que atingiram, em conjunto, pontuação de 95,5%, evidenciando o aprimoramento do conhecimento.
O B-EPIC fortalece os programas tradicionais de jovens aprendizes porque tem como foco o desenvolvimento de competências não cognitivas, também conhecidas como habilidades socioemocionais, ampliando a formação dos jovens de maneira estratégica.
O objetivo é preparar esses jovens para ocuparem posições iniciais nas empresas, alinhando suas competências às demandas do mercado. Além disso, o programa fortalece habilidades essenciais, como autonomia, confiabilidade e flexibilidade.
Essas características estão alinhadas às desejadas pelo mercado de trabalho, de acordo com o Relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF) de 2023 e 2025, que listou as seguintes habilidades: confiabilidade, resolução de problemas, relacionamentos positivo, flexibilidade e orientação para o futuro, além de alfabetização tecnológica.
Essa abordagem não apenas beneficia as empresas, apoiando-as na formação de talentos para os seus quadros de colaboradores. Promove, também, a inclusão social e o desenvolvimento do potencial dos jovens, especialmente em um contexto desafiador, dados os indicadores de desemprego e de educação nessa faixa etária.
O programa trabalha com uma régua de maturidade que consiste em um diagnóstico do estágio das ações de inclusão produtiva da empresa e acompanhamento da evolução que considera quatro estágios: elementar, essencial, estratégico e exponencial, além de abarcar uma jornada para as lideranças que se tornarão mentores desses jovens com o desenvolvimento de habilidades específicas.
A jornada de mentoria contribui para uma melhor integração e adaptação dos jovens no ambiente de trabalho e reduz os ruídos que o conflito de gerações pode causar.
A jovem Alzira Maria Vieira de Rezende, de 22 anos, afirma que o projeto a ensinou a gerenciar suas emoções diante dos desafios do ambiente profissional. “Melhorei vários soft skills essenciais para construir uma carreira sólida e promissora. Minha meta é trilhar um caminho de sucesso, onde eu possa causar um impacto positivo por onde passar. O B-EPIC foi crucial para mim. Graças a essa experiência, consegui entender melhor a rota que devo seguir para alcançar meus objetivos”, avalia.
Para Kayque Borges, de 21 anos, o programa o ajudou a aprimorar suas habilidades e alcançar visibilidade do seu potencial. “Experienciei um amadurecimento que acelerou o meu desenvolvimento, permitindo que eu me destacasse e fosse reconhecido no meu ambiente de trabalho”, celebra.
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TATIANE FORNARI NELLI
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