Quais critérios você usou para escolher a escola do seu filho neste ano letivo? Inicialmente, os pais priorizam matricular os filhos em escolas privadas, o que implica em recursos financeiros. Na falta destes recursos, a maioria dos alunos é matriculada em escolas públicas, de acordo com os critérios estabelecidos pela Secretaria de Educação do seu município.
Em seguida, os pais começam a pensar se a escola oferece ensino de qualidade. Para isso, vale analisar alguns aspectos da organização do trabalho pedagógico da escola escolhida. Em princípio, não existe diferença entre escolas públicas ou privadas, pelo menos do ponto da legislação. No entanto, a prática nos mostra que existe sim. As escolas públicas tendem a ser mais democráticas e permitir a participação da população, inclusive pela obrigação de constituir órgãos de gestão democrática (colegiada).
Uma escola preocupada em oferecer ensino de qualidade está sempre disponível para receber sua comunidade de forma organizada. Quando os pais conhecem a equipe pedagógica da escola, ela pode detalhar o trabalho realizado no interior da sala de aula. Desta forma, os pais poderão compartilhar do processo de ensino e aprendizagem que ocorre diariamente e que, sem dúvidas, necessita de estímulo constante dos pais e responsáveis para ser completo.
Outra forma de entender se a escola está conseguindo atingir seu objetivo de oferecer ensino de qualidade é perceber no dia a dia o entusiasmo da criança ao chegar em casa. Como ela conta os fatos acontecidos, o que aprendeu e se está disposta para ir à escola no dia seguinte. Isso remete à perspectiva freiriana, levando em conta como o ambiente escolar possibilita a produção e a construção de conhecimentos.
Todos os profissionais são importantes para a formação dos alunos, mas novamente recordo a importância da participação dos pais no processo de ensino e aprendizagem. O caminho mais indicado é o contato, sempre que necessário, com o pedagogo ou coordenador pedagógico e com o professor, demostrando interesse no trabalho desenvolvido pela escola. Ao observar os profissionais que compõem essa organização e as reações no cotidiano dos estudantes, conseguimos compreender melhor se a escolha por determinada escola foi assertiva.
(*) Marcos Aurélio Silva Soares é mestre em Educação e coordenador de Cursos de Pós-Graduação na área de Educação do Centro Universitário Internacional UNINTER.
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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