O mercado de câmbios automáticos no Brasil continua em expansão em 2025. Com a crescente preferência dos motoristas por veículos com esse sistema, oficinas especializadas vêm registrando um aumento significativo na demanda por manutenção e reparos. O crescimento é impulsionado tanto pelo envelhecimento da frota quanto pela necessidade de revisões periódicas, que muitos condutores ainda desconhecem.
De acordo com dados recentes da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), mais de 70% dos veículos novos vendidos no Brasil em 2024 foram equipados com câmbio automático. Essa tendência reflete diretamente no setor de reparação automotiva, levando oficinas especializadas em câmbio automático a lidarem com um volume maior de clientes em busca de diagnósticos e consertos.
“A maioria dos motoristas só percebe a importância da manutenção quando o problema já está avançado. Muitas falhas no câmbio poderiam ser evitadas com simples revisões e trocas periódicas de óleo do câmbio automatico”, explica Benivaldo Rosa, sócio-proprietário da Benicar, oficina especializada em câmbio automático na Zona Leste de São Paulo. Segundo ele, muitos clientes chegam com o câmbio danificado devido à negligência com a troca do fluido, um dos fatores que mais contribuem para desgaste prematuro das peças internas.
A alta demanda não se restringe apenas a reparo no câmbio automático, mas também a manutenções preventivas. Proprietários de veículos com mais de 60.000 km rodados buscam cada vez mais oficinas para verificar ruídos, trepidações e falhas na troca de marchas. Especialistas alertam que, sem a manutenção adequada, um câmbio automático pode apresentar defeitos graves, resultando em consertos que podem ultrapassar os R$ 10.000,00, dependendo do modelo do veículo.
Além do aumento da busca por diagnósticos e reparos no veículo, a troca de óleo do câmbio automático se tornou um serviço cada vez mais procurado em oficinas especializadas. Diferente do motor, que tem uma troca de óleo amplamente conhecida pelos motoristas, o fluido do câmbio automático ainda é um tema que gera dúvidas. Algumas montadoras recomendam a substituição apenas após 100.000 km, enquanto especialistas defendem a troca a cada 40.000 km a 60.000 km, dependendo do uso e do modelo do carro.
A falta de óleo no câmbio pode resultar em superaquecimento do sistema, carbonização das peças internas e até travamento completo da transmissão. Em muitos casos, quando o problema é detectado tardiamente, o conserto se torna extremamente caro, exigindo retífica completa do câmbio ou até a substituição do conjunto.
Diante desse cenário, oficinas especializadas em câmbio automático vêm investindo em equipamentos modernos e capacitação profissional para atender a crescente demanda. Serviços como diagnósticos computadorizados e análises da qualidade do óleo se tornaram essenciais para oferecer um atendimento mais preciso e evitar que os clientes tenham prejuízos elevados.
Com a expansão do mercado de veículos automáticos, a tendência é que a necessidade de serviços especializados continue crescendo nos próximos anos. Especialistas reforçam a importância de revisões periódicas para evitar problemas graves e garantir maior durabilidade ao sistema de transmissão. A manutenção preventiva pode ser a diferença entre um pequeno ajuste e um reparo que custa milhares de reais.
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MARCOS MOREIRA CANGUSSU
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