Desespero no carnaval: como evitar que seu filho se perca na multidão

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O turismo em família deve ser um momento de lazer e felicidade, mas em grandes eventos e destinos movimentados, como praias e centros urbanos lotados, os riscos de separação de crianças aumentam significativamente. No Rio de Janeiro, só nos dois primeiros meses de 2025, quase 2 mil crianças se perderam nas praias cariocas, segundo dados do Corpo de Bombeiros, um número alarmante que já ultrapassa o total de casos registrados em todo o ano de 2024

“Praias são ambientes muito amplos, onde a criança pode andar quilômetros sem perceber que está perdida. O barulho das ondas e a falta de referências dificultam que os pequenos voltem sozinhos para o local onde estavam”, alerta Santuza Macedo, especialista em turismo.

É fundamental entender que a responsabilidade pela segurança da criança é dos adultos. A ideia de que a criança deve "saber onde os pais estão" pode gerar um falso senso de segurança. “A supervisão deve ser ativa e constante. Não é responsabilidade da criança encontrar os pais, mas dos adultos garantirem que isso nunca aconteça. Se a criança se perder, significa que o monitoramento falhou, e é isso que precisamos evitar”, alerta Santuza.

A recomendação é nunca deixar uma criança sozinha na areia ou na água, evitar que elas fiquem próximas do mar sem supervisão e evitar distrações, como celulares, que tiram o foco dos responsáveis da criança que está sob seus cuidados.

Macedo, enfatiza a importância de medidas preventivas para garantir a segurança dos pequenos durante passeios em locais com grande concentração de pessoas. "A supervisão constante é fundamental. Em ambientes como praias lotadas, blocos de carnaval, um breve momento de distração pode levar a situações de desespero", alerta Santuza.​

Para minimizar os riscos de desaparecimento de crianças em destinos turísticos movimentados, Santuza Macedo recomenda as seguintes medidas:

1. Supervisão ativa: o adulto deve estar sempre próximo da criança, mantendo contato visual o tempo todo. Não basta apenas dizer para a criança "ficar por perto". A responsabilidade é dos adultos.
2. Pulseiras de Identificação: coloque na criança uma pulseira contendo nome, telefone dos responsáveis e, se possível, o endereço da hospedagem. Essa simples medida acelera a localização e evita demoras no reencontro.
3. Roupas de fácil identificação: vista as crianças com roupas de cores vibrantes ou estampas diferenciadas, que facilitem a visualização rápida em meio à multidão.
4. Evite distrações: o uso excessivo de celulares, conversas prolongadas e consumo de bebidas alcoólicas podem reduzir a atenção dos adultos, aumentando o risco de separação.
5. Mantenha um adulto de referência: em grupos grandes, é comum que cada um pense que o outro está cuidando da criança. Defina claramente quem será o responsável por supervisioná-la em cada momento.

"Além dessas precauções, é essencial que os responsáveis conheçam o local e identifiquem os postos de guarda-vidas ou segurança disponíveis. Em situações de desaparecimento, acionar imediatamente as autoridades competentes aumenta as chances de um desfecho rápido e positivo", acrescenta Santuza.​

A conscientização e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para que momentos de lazer não se transformem em situações traumáticas. Pais e responsáveis devem estar sempre atentos e preparados, garantindo que as experiências turísticas sejam seguras e inesquecíveis para toda a família.​

Sobre Santuza Macedo

Santuza Macedo é empreendedora e especialista em turismo, com vasta experiência na criação de pacotes personalizados e consultoria para viajantes. À frente da Diamond Viagens, dedica-se a proporcionar experiências seguras e memoráveis para famílias que desejam explorar destinos nacionais e internacionais.

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PAULO NOVAIS PACHECO
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