Matéria publicada no Estado de Minas, escrita por Leandro Mazzini.
Inevitável dizer que os bangalôs super confortáveis são outra obra de arte – arquitetônica, evidente. Em média com 70m², têm suíte com carpetes, mobiliário de madeira de lei, varanda com lareira, mini kitchen com eletrodomésticos de grife e um amplo closet acoplado ao banheiro onde reinam banheiras fabricadas de pedra sabão. Isso mesmo. A tarifa média é de R$ 3 mil a diária (all inclusive, com refeições). Tudo foi planejado para que o hóspede saia de um passeio no parque e encontre na privacidade da suíte um conforto para os pés, o corpo inteiro. Interligados por trilhas de pedras, com jardinagem impecável, os atuais 46 bangalôs dão acesso facilitado à área de lazer das piscinas e SPA com produtos L’Occitane e quatro cômodos para as massagens.
A exemplo dos outros dois resorts (Ibiúna e Dourado, interior paulista), Taíza se preocupou excessivamente com o meio ambiente. Há reservatórios gigantes para tratamentos de água filtrada e uma ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), sem retorno de resíduos dos restaurantes e suítes ao solo e lençol freático. O uso de papel em todo o hotel é mínimo, uma regra. Ela priorizou também os fornecedores locais para obra e serviços. O ar de mineiridade está em toda parte do hotel, do sotaque do staff bem treinado, passando ao imobiliário até a cozinha – comandada pelo conhecido chef Leo Paixão, e no dia-a-dia pelo chef Gabriel Sodré. Foi este quem recebeu com um jantar saboroso o grupo de 12 jornalistas de quatro países que visitaram o Clare Resort e o Inhotim de 10 a 12 de fevereiro, em evento promovido pelo e-mundi, marca que promove press trips e seminários no Brasil.
De acordo com o projeto, a primeira etapa do hotel conta com esses 46 bangalôs, piscinas climatizada e coberta, sauna, SPA, dois restaurantes, brinquedoteca, academia e espaço para eventos. É, claro, um programa família (a bandeira do grupo hoteleiro) associado aos amantes da cultura que transcende os jardins. Tornou-se, assim, o único lugar do mundo com um programa de hotelaria cosmopolita de luxo & antropologia e arte. Inhotim – que já sediou festival gastronômico – além das galerias vai receber este ano palestras sobre ancestralidade indígena, debates que envolvem a COP30, festival de música etc.
Taíza, aliás, é chef de cozinha e conhecida nas redes sociais pelo canal “Clara in Casa”, onde apresenta seus pratos com chefs e famosos. Montou seu próprio bangalô no resort, com armário especial para seus utensílios, para se refugiar quando sai de São Paulo. Para acompanhar um ritmo crescente e eclético de programações anuais do instituto, o Clara Arte pensou em crescer junto. O projeto final contará com 150 suítes – mais 60 nos próximos dois anos. “E um SPA cinematográfico no meio da floresta”, garante a CEO. O hóspede sai dali com a sensação de que o hotel é, em si, mais uma galeria premiada.
“Em 2025, a programação do Instituto Inhotim discute arte, natureza e território, com ênfase nas perspectivas de povos originários e nas relações com artistas da região. Ao celebrar dez anos de inauguração da Galeria Claudia Andujar, o Inhotim convida artistas indígenas a integrarem a mostra, reformulando-a partir de culturas e cosmologias diversas para apresentar perspectivas sobre o estatuto das imagens e da representação e, sobretudo, pautar a luta pela terra. Fazem parte da mostra, que será inaugurada no dia 26 de abril, artistas como Denilson Baniwa (1984), Paulo Desana (1979), Edgar Kanaykõ (1990), UÝRA (1991), Elvira Espejo (1981)”.
O jornalista viajou a convite do e-mundi e do Clara Arte Resort
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PAULA FEREZIN MARTINS
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