Safra 2025: Endividamento cresce no agronegócio do Brasil
Ana Amélia Paulino, Presidente do Sindicato Rural de Porangatu, cria estratégias de renegociação de dívidas
Chris Coelho Comunicação e Assessoria de Imprensa
26/02/2025 14h53 - Atualizado há 2 meses
Divulgação
O agronegócio brasileiro enfrenta um cenário desafiador em 2025, com o endividamento rural atingindo níveis alarmantes. Conforme aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a combinação da alta na taxa Selic, do aumento da inadimplência e da disparada nos pedidos de recuperação judicial acendem um alerta para a produção agrícola do país. De acordo com o MAPA e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), 45% dos produtores rurais do país estão endividados. No Centro-Oeste, onde se concentra grande parte da produção agropecuária do país, a taxa de inadimplência no setor, considerando operações com atraso superior a 180 dias, atingiu 7,6% no segundo trimestre de 2024, segundo dados da consultoria especializada CÉLERES — o maior índice dos últimos três anos dessa série histórica. A alta inadimplência nesse cenário pode comprometer não apenas os produtores locais, mas toda a cadeia produtiva e o mercado financeiro. Nas demais regiões, os índices de inadimplência no setor agropecuário também preocupam: Norte (10,6%), Nordeste (9,0%), Sudeste (6,2%) e Sul (4,8%). Em Goiás, onde a safra de soja está em andamento, o produtor deseja se recuperar financeiramente após as perdas do ano passado, marcadas pela seca. Conforme explicou a presidente do Sindicato Rural de Porangatu, Ana Amélia Paulino, no norte do estado: "Os pecuaristas também enfrentaram prejuízos com a queda no preço da arroba e esperam uma valorização do mercado para equilibrar as contas". A principal preocupação deste ano gira em torno da rentabilidade da comercialização do grão e da oscilação dos preços da arroba, fatores essenciais para compensar os desafios financeiros recentes. Diante desse contexto, Ana Amélia Paulino reforça seu compromisso em oferecer suporte aos associados. Ela destaca que o sindicato disponibiliza diversos serviços para otimizar a gestão das propriedades rurais e auxiliar os produtores na renegociação de dívidas. “Para tornar o produtor mais operante e participativo no agronegócio, o Sindicato Rural de Porangatu atua com legitimidade, orientando o produtor a como proceder perante as instituições bancárias. O Sindicato oferece apoio e assessoria para que ele seja assistido e orientado em momentos de renegociação, alongamento e discussão de dívidas decorrentes da atividade rural, seja no custeio, no financiamento ou em outros empréstimos ligados ao setor. Além disso, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg) tem a possibilidade de discutir a renegociação das dívidas da sua propriedade rural junto a superintendência dos bancos”, explicou Ana Amélia. Conforme esclarece Ana Amélia, com o respaldo do Sindicato Rural de Porangatu e da Faeg, os produtores têm mais segurança ao lidar com instituições financeiras, e contam sempre com o apoio de profissionais especializados nesse tipo de negociação. “O Sindicato auxilia o produtor na adoção de medidas para sua defesa diante dos desafios dos empréstimos rurais, garantindo uma gestão mais eficiente de suas propriedades e buscando sempre manter a sustentabilidade do setor agropecuário. Por isso, é fundamental que o produtor traga toda a documentação para ser analisada pela nossa equipe multiprofissional, especialmente diante das perdas dos últimos anos, causadas pela seca, pelos baixos preços e pelo alto custo dos insumos”, esclareceu. O gerente técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG), Edson Novaes, destaca que o acompanhamento contínuo da atividade é essencial para evitar problemas financeiros. “A partir do momento em que o produtor verificar que sua receita menos os custos não gerarão recursos suficientes para pagar os financiamentos adquiridos, ele deve buscar orientação. A atividade agropecuária é uma empresa a céu aberto, sujeita a intempéries climáticas fora da governança do produtor e que podem comprometer o resultado da produção e das receitas”, esclareceu. Além do clima, fatores como a variação do dólar podem impactar os custos de insumos, como fertilizantes e defensivos agrícolas. “Portanto, o acompanhamento permanente da atividade é fundamental para evitar problemas futuros”, reforça. Sobre os passos iniciais que um produtor deve tomar ao perceber que não conseguirá pagar uma dívida, o especialista explica que o primeiro passo é levantar e comprovar a origem da dívida. “Caso haja um problema climático, como a seca de 2024, que ocasionou perda da produção, é importante que o produtor procure um técnico e faça um laudo dessa perda, dentro das normas específicas, para comprovar ao agente financeiro que realmente teve prejuízos e necessita renegociar ou alongar o pagamento da dívida”, disse. Em seguida, o produtor deve buscar o agente financeiro com um plano de pagamento baseado em sua capacidade financeira, seja ela mensal, semestral ou anual. “Caso necessite de apoio, tanto o Sindicato Rural do seu município ou região, quanto a FAEG podem auxiliá-lo nessas orientações”, acrescentou. Quem é Ana Amélia Paulino? Ana Amélia Paulino é advogada e a primeira presidente Mulher do Sindicato Rural de Porangatu. Ela se destaca por ocupar essa posição em 50 anos de história da instituição e por seu papel de liderança no setor rural. Além disso, Ana Amélia possui uma forte conexão com o agronegócio, especialmente na gestão da fazenda de sua família. Sob sua gestão, ela tem promovido a inclusão de pequenos produtores e o fortalecimento da produção agropecuária na região norte de Goiás, que tradicionalmente era focada na pecuária, mas agora também se consolida como um polo agrícola com o cultivo de soja e milho. Ana Amélia é vista como uma referência de liderança feminina no setor, com a promoção de eventos tradicionais como a ExpoPec e a ExpoNorte, que atraem investidores e geram negócios significativos para o desenvolvimento econômico da região. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CHRISTIANE PEREIRA COELHO
[email protected]