Após 18 anos à frente da banda Amplexos, Pai Guga mergulha em sua trajetória pessoal e musical para apresentar seu primeiro álbum solo, "O Túmulo do Mergulhador". O disco nasce como um diário sonoro dos últimos anos do artista, um período marcado por batalhas internas e a necessidade de se expressar. Com um olhar sensível sobre seus próprios conflitos, o cantor e compositor transforma suas angústias em música, explorando temas como ansiedade, masculinidade e o turbilhão emocional que moldou sua jornada.
A sonoridade do álbum é tão intensa quanto sua narrativa: uma fusão entre a tradição e a modernidade. Canções inspiradas na música tradicional da Itália e da Espanha – que remetem às suas raízes familiares e à busca pelo sentido dos problemas que carrega – se misturam a elementos urbanos e contemporâneos como pop, eletrônica e drum and bass. Esse caldeirão sonoro dá corpo a um disco que flutua entre melancolia e catarse, entre o peso dos sentimentos e a leveza da libertação que a arte proporciona.
Com 10 faixas, "O Túmulo do Mergulhador" reflete as diferentes nuances da mente de Pai Guga. Em "Preciso", o artista faz uma alusão a famosa canção de Cartola e escancara sua ansiedade e a busca por um propósito, usando a metáfora da jardinagem para ilustrar sua recuperação emocional. "Lua Rosa" tira sarro da própria mente do artista, refletindo a paranoia de que algo ruim sempre pode acontecer no auge da felicidade. Já "Vento" traduz a velocidade e a imprevisibilidade de seus sentimentos, contrastando momentos de profunda tristeza e euforia absoluta.
O álbum ainda mergulha em temas como masculinidade e memória. Em "A Chave", Pai Guga reflete sobre o impacto da masculinidade tóxica e o processo de quebrar ciclos, enquanto "Voo" revisita os sonhos infantis do artista e faz um paralelo entre a coragem de voar e o estado paralisante da depressão.
Produzido por Gato, Raphael Garcez e Pai Guga, gravado e mixado por Gato e Raphael Garcez, e masterizado por Fili Filizolla, "O Túmulo do Mergulhador" conta com um time de músicos renomados como Fernando Catatau, Marlon Sette, Jorge Continentino, Diogo Gomes, Martché, Flavio Polito, Mestre André e Hugo Cunha. O projeto foi viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo em Volta Redonda-RJ e Barra Mansa-RJ.
Todas as letras são assinadas por Pai Guga, com exceção de "Feitiço", coescrita com a artista Laura Berbert. O resultado é um álbum intenso, íntimo e essencialmente humano – um testemunho da capacidade de ressignificação através da arte.
Escute "O Tumulo do Merguhador" nas principais plataforma digitais.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARIA HELOÍSA DE ALMEIDA MARTINHEIRA RIBEIRO
[email protected]
