Protease vira peça-chave na produção de tilápias no Brasil
A inclusão dessa enzima na dieta dos peixes pode trazer benefícios expressivos, tanto em termos de saúde animal quanto de rentabilidade para os produtores.
HAMILTON ZAMBIANCKI
14/02/2025 17h14 - Atualizado há 2 meses
Divulgação Quimtia Brasil
Nos últimos anos, a piscicultura brasileira tem se consolidado como um dos segmentos mais promissores do agronegócio, impulsionada especialmente pela produção de tilápias. Representando 65% da produção nacional de peixes de cultivo, essa atividade movimenta bilhões de reais e emprega milhões de pessoas direta e indiretamente. No entanto, para manter o crescimento sustentável e otimizar a produção, o setor busca constantemente inovações nutricionais, sendo a utilização da protease exógena um dos avanços mais significativos nesse cenário. A protease exógena é uma enzima fundamental na melhoria para o processo digestivo dos peixes. Sua principal função é melhorar a digestibilidade das proteínas presentes na ração, permitindo que os peixes absorvam com mais eficiência os nutrientes essenciais para seu crescimento e desenvolvimento. De acordo com a nutricionista animal da Quimtia Brasil, uma das principais indústrias especializadas na fabricação, comercialização e distribuição de insumos para nutrição animal, Juliana Forgiarini, a inclusão dessa enzima na dieta dos peixes pode trazer benefícios expressivos, tanto em termos de saúde animal quanto de rentabilidade para os produtores. “Ela [a protease] melhora significativamente a conversão alimentar, o que significa que as tilápias crescem mais rapidamente e de maneira mais saudável, utilizando uma menor quantidade de ração para atingir o peso ideal. Isso reduz custos para o produtor e aumenta o rendimento”, explica. Ainda segundo ela, ao possibilitar uma digestão mais eficiente, a enzima também reduz o desperdício de nutrientes, impactando diretamente a qualidade da água dos viveiros. “A menor carga orgânica nos tanques diminui a proliferação de patógenos, reduzindo a incidência de doenças e a necessidade de tratamentos preventivos, tornando a piscicultura mais sustentável”, enfatiza. Embora os peixes já produzam proteases endógenas para a digestão das proteínas, a suplementação com enzimas exógenas melhora significativamente a eficiência digestiva. Para Juliana, sem essa tecnologia, o desempenho zootécnico torna-se menos eficiente, exigindo uma maior quantidade de ração e ingredientes mais digestíveis para atingir os mesmos resultados. Benefícios diretos para o produtor A alimentação representa uma das principais despesas na criação de tilápias, e qualquer ganho de eficiência nesse aspecto significa maior rentabilidade. Para o gerente técnico da Quimtia, Almiro Bauermann, a suplementação com protease exógena, como é o caso da Precizyon Pro 50, vem demonstrando resultados promissores na melhoria da conversão alimentar e da absorção de nutrientes. Segundo ele, isso se traduz em uma produção com mais respeito, responsabilidade e sustentabilidade, além de peixes mais saudáveis, maior ganho de peso e redução do impacto ambiental. Com a melhor digestão das proteínas, há um aumento na retenção de nutrientes nos animais, o que contribui também para uma melhor qualidade da carne de tilápia, atendendo às crescentes exigências dos mercados interno e externo. “Com a expectativa de que a tilápia represente até 80% do mercado de peixes de cultivo no Brasil até 2030, a adoção de tecnologias nutricionais inovadoras, como as proteases, pode ser um diferencial competitivo essencial”, finaliza Almiro Bauermann. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
HAMILTON MARCOS DOS SANTOS JUNIOR
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