Janeiro verde: diagnóstico é primeiro passo para vencer câncer provocado pelo HPV
A prevenção é feita tanto pela vacina como pelos testes que identificam o tipo de vírus que causou a contaminação
JOSé LUCHETTI
27/01/2025 20h49 - Atualizado há 1 dia
Divulgação Seegene
O câncer de colo de útero vai afetar 17.000 brasileiras e causará a morte de 5.700 delas durante o biênio 2023/2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Para reduzir os números dessas previsões, a campanha ‘Janeiro Verde’ está divulgando esclarecimentos sobre o HPV, Papilomavirus humano, que é diagnosticado em 99% das mulheres vítimas desse tipo de câncer. A prevenção é feita tanto pela vacina como pelos testes que identificam o tipo de vírus que causou a contaminação. “O simples contágio pelo HPV não significa que a mulher terá câncer”, explica o biólogo Guilherme Ambar, “pois os tipos 6 e 11 do HPV, que são os mais encontrados no Brasil, não representam risco para câncer de colo de útero, enquanto os tipos 16 e 18, menos comuns, estão presentes na maior parte dos casos desse câncer”. Por isso é tão importante o teste de diagnóstico molecular com genotipagem, o qual não só mostra se o paciente está ou não contaminado, como principalmente qual o tipo de HPV detectado. O biólogo é o CEO da empresa que disponibiliza no Brasil o teste para diagnóstico molecular com genotipagem, a Seegene, que colabora na mobilização nacional de controle do HPV, com ampla divulgação nas mídias sociais sobre os riscos representados pelo Papilomavirus humano. Esses riscos podem ser facilmente evitados, mas se ignorados, eventualmente levam ao câncer com grandes custos para o tratamento e custo social ainda maior, quando a doença leva à morte. “O HPV é transmitido em relações sexuais”, explica Guilherme Ambar, “e o Ministério da Saúde recomenda a vacinação na faixa de 9 a 14 anos, mas a cobertura vacinal deixava a desejar”. Com campanhas como a atual, porém, o Brasil conseguiu incrementar a vacinação contra o HPV. No biênio 2022/2023 aumento em 42% o total de imunizados, com 6,1 milhões de doses aplicadas e, embora o Papilomavirus humano possa levar a um câncer nas mulheres, quem mais tem se vacinado são homens, que também podem ser contaminados e geralmente são os responsáveis pela transmissão para a parceira sexual. Para o biólogo, os números positivos da vacinação, a disponibilidade do diagnóstico molecular que diferencia e quantifica 28 genótipos distintos de HPV, e campanhas como a que atualmente está em curso e da qual a Seegene faz parte, levam à esperança de que o câncer de colo de útero que já causou e ainda causa muitas mortes no Brasil caminhe no sentido da erradicação desejada. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JOSE ROBERTO LUCHETTI
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