Janeiro é o mês escolhido para a conscientização do câncer do colo do útero e coloca em evidência a importância da vacinação contra o HPV (papilomavírus humano), considerada a principal estratégia para prevenir alguns tipos de câncer que têm relação com o vírus, como o do colo do útero, por exemplo.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer – INCA, cerca de 17.010 mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero no período entre 2023 e 2025. “O câncer do colo do útero é o terceiro tipo que mais afeta as mulheres e uma das principais causas de morte na população feminina. Ele é altamente prevenível, e campanhas como a do Janeiro Verde são importantes para mostrar à população a importância de se fazer exames regulares, como o Papanicolau, que detecta alterações no colo do útero em estágio inicial, e a vacinação contra o HPV. Só lembrando que o câncer do colo do útero pode ser curado se diagnosticado precocemente”, destaca a oncologista clínica Fabiana Deffune Flenik, do COP – Centro de Oncologia do Paraná.
75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, segundo o Ministério da Saúde, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos – por isso a recomendação do uso de preservativos, fundamental para diminuir o risco de transmissão e infecção. Após o contágio, que se dá por contato direto com a pele ou mucosa infectada, principalmente por via sexual, ao menos 5% irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos. Outros fatores também colaboram para o surgimento do câncer de colo de útero, como a iniciação sexual precoce, o tabagismo e a multiplicidade de parceiros.
O câncer de colo do útero, também chamado de câncer cervical, tem origem em alterações celulares induzidas ou não pela presença do papilomavírus humano – HPV, principal fator de risco associado ao surgimento da doença. Quase 99% dos casos ocorrem devido a uma infecção prolongada do vírus no organismo. Existem mais de 100 tipos de HPV, dos quais pelo menos 14 são cancerígenos. Os tipos 16 e 18 do HPV causam 70% dos cânceres do colo do útero e lesões pré-cancerosas.
Como medida preventiva contra o câncer do colo do útero, tem-se a vacina quadrivalente contra o HPV, oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos. Recomendada a aplicação antes do início da vida sexual. Ela protege contra os 4 tipos de vírus HPV mais comuns no Brasil, e age estimulando a produção de anticorpos necessários para combater o vírus.
Fique atenta a seu corpo
Entre os sintomas do câncer de colo do útero em estágio inicial estão, por exemplo, manchas de sangue irregulares ou sangramento leve entre períodos em mulheres em idade reprodutiva; mancha ou sangramento pós-menopausa; sangramento após a relação sexual; aumento do corrimento vaginal.
“Conforme o câncer de colo do útero avança, poderá apresentar outros sintomas mais graves, como, por exemplo, dores persistentes nas costas, perna ou pélvis; perda de peso, fadiga e perda de apetite; corrimento e desconforto vaginal; inchaço de uma perna ou ambas”, explica Dra. Fabiana Flenik.
Como é o tratamento?
O tratamento é individualizado e as abordagens terapêuticas dependem do estágio do câncer e da saúde em geral da pessoa, podendo envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, terapia-alvo ou anticorpos monoclonais ou técnicas combinadas.
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Heverson Bayer
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