Desafios e conquistas na educação inclusiva: uma jornada de amor e resistência
Débora Luz | Literare Books
20/01/2025 11h27 - Atualizado há 6 horas
Literare Books
Alessandra Oliveira (*) A educação inclusiva é um tema que suscita debates, desperta emoções e, sobretudo, exige ações práticas e consistentes. Como mãe atípica e coautora do best-seller “Maternidade Atípica: uma jornada de amor, aceitação e crescimento”, tenho vivenciado diariamente os desafios e as conquistas dessa luta. Minha experiência pessoal me ensina que a inclusão escolar não é apenas uma questão de direito, mas também uma jornada coletiva de amor, resistência e transformação social. Em meu livro, enfatizo a importância da saúde mental para mães que enfrentam os inúmeros desafios da maternidade atípica. Para cuidar de nossos filhos, precisamos primeiro cuidar de nós mesmas. Essa é uma verdade inegociável. Rede de apoio e práticas de autocuidado são pilares fundamentais dessa jornada. Sem esses elementos, o caminho se torna ainda mais árduo e muitas vezes insustentável. Recentemente, tive o privilégio de ver uma de minhas crônicas, intitulada "E essa tal educação inclusiva?", ser premiada em Boston. Esse reconhecimento foi mais do que uma alegria pessoal; foi um marco que reforça a relevância do tema e a necessidade de ampliarmos a discussão sobre inclusão escolar. A crônica relata, de forma sincera, os desafios que enfrentei ao tentar matricular meu filho com Trissomia 21 em uma escola renomada. A instituição, que se orgulhava de sua excelência acadêmica, afirmou não estar preparada para receber alguém "incapaz de acompanhar o ritmo de vestibular incutido no ensino infantil". Essa frase, além de dolorosa, reflete uma realidade enfrentada por muitas famílias no Brasil e no mundo. A educação inclusiva preconiza que as necessidades individuais sejam atendidas, garantindo o direito de todos a uma educação de qualidade. No entanto, entre o discurso da lei e a prática cotidiana, há um abismo repleto de barreiras estruturais, falta de recursos humanos capacitados e carência de ferramentas pedagógicas adaptadas. Essa lacuna impede que muitos alunos com deficiência tenham acesso pleno ao ambiente escolar, perpetuando a exclusão que a própria inclusão busca combater. Minha experiência, reconhecida por essa premiação, é também um testemunho das lutas e aspirações de tantas mães atípicas que, diariamente, enfrentam preconceitos e limitações. Mais do que buscar a inclusão, queremos a valorização e o respeito para nossos filhos. Esse reconhecimento é uma prova de que nossas vozes, histórias e esforços têm o poder de sensibilizar e transformar. A luta por uma educação inclusiva vai além de garantir o acesso à escola. Trata-se de construir um ambiente onde cada criança, independentemente de suas condições, seja acolhida, respeitada e incentivada a se desenvolver em todo o seu potencial. É uma luta coletiva que exige a participação de todos: pais, professores, gestores e sociedade como um todo. Que o reconhecimento do meu trabalho inspire outras famílias a continuar lutando. Que sigamos em frente, empoderadas e determinadas, rumo a um futuro mais justo, onde a inclusão seja uma prática viva, e não apenas uma promessa distante. (*) Alessandra Oliveira - Mestranda em Intervenção Psicológica no desenvolvimento e na Educação. Coautora dos livros “Educação Inclusiva: Diálogos, experiências e reflexões” (Inovar, 2023); “Educação Infantil: Brincar, descobrir e aprender” (Inovar, 2023); “Empodere-se” (Elas, 2023); “United Writers - And what about this inclusive education?” (Literarte, 2024); “Maternidade Atípica: uma jornada de amor, aceitação e crescimento” (Literare Books, 2024). Instagram: @alessandra.s.oliveira Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
DÉBORA SANTANA LUZ
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