Entenda o aumento de casos de coqueluche no Brasil e como se prevenir da doença

Biomédico explica quais são os principais sintomas e os cuidados para prevenir o contágio

ANDRéIA LOPES
17/01/2025 12h08 - Atualizado há 2 semanas
Entenda o aumento de casos de coqueluche no Brasil e como se prevenir da doença
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Segundo dados do Ministério da Saúde a Coqueluche, doença que não aparecia desde 2021, registrou aumento superior a 1.000% em 2024. A queda na cobertura vacinal é apontada como a principal causa do crescimento da doença, que é altamente contagiosa e pode levar a complicações graves, especialmente em crianças menores de um ano.
 
Secretaria de Estado de Saúde emite um novo alerta após três bebês morrerem com coqueluche no estado. Já foram registrados 277 casos até o dia 6 de novembro. A coqueluche apresenta sintomas iniciais semelhantes aos de uma gripe, como febre baixa e cansaço, mas pode evoluir para crises intensas de tosse, dificuldades respiratórias e, em casos graves, internações.
 
Segundo o Dr. Marcelo Carvalho, biomédico e professor da Unigranrio Afya e coordenador da SMS Rio, a coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa, quando uma pessoa não vacinada entra em contato com uma pessoa doente. Os sintomas costumam surgir, em média, de uma a duas semanas desde a infecção.  A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com uma pessoa doente por meio de gotículas eliminadas por tosse e espirro. Por isso, a recomendação de uso de máscaras perto de outras pessoas caso tenha sintomas gripais é válida e a vacinação é fundamental.
 
O diagnóstico clínico, em estágios iniciais, pode ser difícil se assemelhando a um resfriado. O diagnóstico diferencial deve ser tratado a rigor e pode ser realizado por coleta de swab de nasofaringe e realização de cultura in vitro ou através da técnica que ficou bem conhecida durante a pandemia de covid 19 que é a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para análise de cunho molecular. O tratamento inclui antibióticos que reduzem o período de transmissão e aceleram a recuperação. Ferramentas como o Radar Whitebook, que monitora indicadores epidemiológicos, apontam um aumento expressivo nas buscas sobre a doença em 2024, reforçando a preocupação da comunidade médica com a tendência de alta.
 
A vacinação é a principal forma de prevenção e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças, com doses de reforço até os 12 anos. Durante a gravidez a vacinação protege o bebê até os seus meses de vida, período em que os riscos para a criança são maiores. Adultos devem se vacinar a cada 10 anos para garantir a proteção contra a doença. O agente causador da doença é uma bactéria que chamamos de bordetella pertussis  e a principal forma de prevenir a doença é por meio de vacinação, iniciando quando ainda bebê através da vacina pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B), que confere imunização para difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo haemophilus influenzae B, com 2, 4 e 6 meses de idade necessitando ainda o 1º reforço aos 15 meses de idade com a tríplice bacteriana (DTP) e  2 º reforço aos 4 anos de idade.
 

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ANDREIA DUARTE LOPES
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