Médico esclarece mitos e verdades sobre câncer de próstata
Dr. Alexander Dias, médico do INCA no Rio de Janeiro e sócio diretor da Urotarget tira dúvidas sobre a doença
RAFAEL PEREIRA
16/01/2025 13h58 - Atualizado há 6 horas
Divulgação
No Brasil, estima-se que até o fim de 2015 ocorram 71.730 novos casos de câncer de próstata. Este é o tipo de câncer mais comum em homens no país e a segunda causa de morte por câncer na população masculina.
Apesar do alto número, pouco se fala da doença. Por isso, Dr. Alexander Dias, médico do INCA no Rio de Janeiro e sócio diretor da Urotarget, clínica especializada em exames de biópsia prostatica esclarece alguns mito e verdades sobre a doença:
O aumento da próstata pode causar câncer?
MITO: Muitos pacientes acreditam que o tamanho aumentado com a idade causa câncer. Essa evolução no tamanho da próstata, um processo conhecido como hiperplasia prostática benigna, é um reflexo normal do envelhecimento, e acontece na maioria dos homens. Alguns homens desenvolvem sintomas obstrutivos por conta disso, e as vezes tratamentos específicos são recomendados. Em contrapartida, o cancer se origina em alterações não esperadas, anormais, nas células da prostata. Esse processo não se correlaciona com o aumento do volume, ou seja, não é causa ou consequência dele. Assim a hiperplasia e o cancer são duas doenças completamente independentes.
O câncer de próstata pode ser detectado no início baseado em sintomas?
MITO: Infelizmente, os maiores estudos já publicados sobre o tema não mostram correlação entre os sintomas urinários e a presença de cancer de prostata localizado. É uma doença silenciosa e quando há sintomas, geralmente a doença já está avançada.
O diagnóstico no início aumenta a chance de cura?
VERDADE: Quando o câncer de próstata é diagnosticado precocemente, as chances de cura chegam a 90%.
A biópsia de próstata tradicional (transretal guiada por ultrassom) apresenta alguns problemas, como risco significativo de infecção e uma taxa preocupante de resultados falso-negativos (quando há câncer, mas o resultado parece normal).
Hoje, a ressonância magnética da próstata antes da biópsia tem sido utilizada para melhorar a precisão do diagnóstico. Com base nos achados da ressonância, realiza-se uma biópsia guiada, o que aumenta muito a eficácia do exame. Além disso, a mudança do acesso transretal para a via perineal tornou o procedimento mais seguro, reduzindo drasticamente as complicações infecciosas.
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MONIQUE PEREIRA ARRUDA BRUNO
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