Luta contra a hanseníase ganha espaço no mês de janeiro
MARLI POPOLIN
16/01/2025 14h32 - Atualizado há 6 horas
Divulgação
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país no mundo com mais casos de hanseníase, ficando atrás apenas da Índia. De acordo com dados de 2024, do Ministério da Saúde, entre os anos de 2014 e 2023, foram quase 245 mil novos episódios. Diante desses números, o primeiro mês do ano é marcado pela cor roxa e conscientiza para a luta contra a hanseníase. “Diferente do que se acreditava séculos atrás, a pessoa com hanseníase não precisa se isolar e se afastar do convívio social. O mais importante é saber que a doença é curável e, por isso, é necessário que o diagnóstico seja precoce e assertivo para o sucesso do tratamento”, alerta o dermatologista Antonio Lui, do hospital Santa Casa de Mauá. A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, pode atingir qualquer pessoa e ocorre em quatro subtipos clínicos, sendo do mais leve ao mais intenso. A maior incidência, no entanto, ocorre nos homens e a doença é considerada crônica e silenciosa, atingindo a pele e os nervos. A transmissão ocorre a partir de uma pessoa infectada sem tratamento e por secreções das vias respiratórias e as pessoas com baixa imunidade são as mais suscetíveis. “Um dos maiores problemas da hanseníase é a falta de informação, a dificuldade e a demora do diagnóstico. Por essa razão, na presença de qualquer um dos sintomas é muito importante buscar ajuda médica”, destaca o especialista. Entre alguns dos sintomas estão a perda de sensibilidade na pele, dormência em algumas áreas do corpo, manchas, dor e fraqueza muscular, pele seca e ausência de suor, queda dos pelos, sensação de choques e fisgadas nos nervos, além de febre, edemas, olhos e nariz ressecados e nódulos. Após o diagnóstico, que pode ser feito a partir de um teste rápido com amostra de sangue, de uma baciloscopia com material de secreção das orelhas ou da biopsia de pele, o tratamento deve ser iniciado imediatamente. O paciente pode levar uma vida normal, sem impactos sociais e psicológicos. Vale destacar que o tratamento também é custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Uma pessoa em tratamento não transmite a doença e toda a família do paciente precisa se submeter aos exames diagnósticos. Mesmo com o tratamento adequado e completo, a doença pode deixar algumas sequelas e o paciente pode não recuperar a sensibilidade nos locais das manchas e a força muscular”, explica o dermatologista Antonio Lui. O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/ . Imagens disponíveis em
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