*Por Robert Wollner, vice-presidente de parcerias com agências da Vidmob
Se existe uma verdade universal para as agências, é que nenhum contrato com um cliente dura para sempre. Mais cedo ou mais tarde, surge um pedido de proposta (RFP) que inicia o conhecido processo de reconquistar a confiança do cliente. No entanto, à medida que os métodos de negociação publicitária e as abordagens de segmentação evoluem, continuar fazendo “o que sempre foi feito” já não é suficiente.
Tradicionalmente, os clientes recorrem às agências por duas razões principais. A primeira é o acesso privilegiado a inventários de mídia, graças aos relacionamentos exclusivos com emissoras, canais e plataformas — fruto de décadas de parcerias. A segunda é a capacidade de oferecer estratégias de segmentação e audiência com tecnologias que atendem a necessidades específicas de alcance e desempenho. Porém, a inovação tecnológica tem reduzido progressivamente a vantagem competitiva das agências em ambos os aspectos.
Com o aumento do investimento em tecnologias programáticas e transações baseadas em leilões se tornando padrão, os relacionamentos pessoais têm perdido relevância, até mesmo nas negociações tradicionais de TV. Para agências que investiram cedo em inteligência artificial (IA), surge a percepção de que agora oferecem serviços muito semelhantes aos de seus concorrentes, incluindo outras agências e grandes players de tecnologia publicitária.
O momento é de ação: as agências precisam utilizar a tecnologia para criar ou reforçar novas capacidades que as mantenham competitivas. Entre essas, a mais importante é o potencial dos dados criativos. O desafio está em adaptar suas respostas a RFPs para destacar esse diferencial essencial.
Os clientes buscam agências capazes de acompanhar o ciclo constante de novas ferramentas e inovações, como demonstrado pelo boom de startups de inteligência artificial generativa nos últimos dois anos. É compreensível que as agências estejam incorporando tecnologia de ponta em seus pitches: 70% dos tomadores de decisão de agências nos EUA utilizam IA generativa para desenvolver conceitos iniciais, e 59% a empregam para otimizar insights sobre o público, segundo a Forrester.
Adotar a IA certa é crucial, mas implementá-la e utilizá-la de forma eficaz pode ser desafiador. Além disso, espera-se que as agências não apenas melhorem a eficiência, mas também impulsionem o crescimento dos clientes. Segundo a Coca-Cola, as agências devem considerar os seguintes aspectos ao avaliar tecnologias:
A qualidade criativa é amplamente reconhecida como o principal motor da eficácia de marketing, com 80% dos profissionais classificando-a como essencial, de acordo com a Marketing Week. Por isso, as agências precisam se destacar por meio de sua capacidade de mensurar e otimizar campanhas baseadas em dados criativos.
Próximos passos
Superar a concorrência exige mais do que bons relacionamentos e eficiência operacional. Incorporar dados criativos aos processos centrais da agência permite oferecer uma proposta diferenciada e valiosa para marcas que buscam soluções robustas e orientadas por desempenho. Demonstrar uma estratégia integrada de dados criativos — desde a otimização em tempo real até insights futuros — posiciona as agências como parceiras indispensáveis no sucesso dos clientes.
*A Vidmob, The Creative Data Company, com seu software baseado em IA, melhora o desempenho criativo e de mídia, ajudando marcas e agências a desenvolverem suas próprias melhores práticas criativas personalizadas, garantindo que esses aprendizados sejam aplicados em todas as mídias veiculadas.
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EDUARDO ANGELO BRUNELLI CARLOS
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