A depressão é uma condição de saúde mental que afeta milhões de pessoas, causando impactos significativos na qualidade de vida e no bem-estar emocional. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 264 milhões de pessoas sofrem de depressão globalmente, e essa condição está frequentemente associada a uma diminuição da autoestima e do autocuidado.
Pesquisas indicam que a depressão pode levar a um ciclo vicioso. A falta de cuidado pessoal agrava os sintomas, criando um efeito cascata que prejudica ainda mais a saúde mental. Nesse contexto, os procedimentos estéticos têm emergido como uma alternativa viável para ajudar na recuperação emocional e na autoimagem de pacientes.
A Dra. Tatiana Fioroti, especialista em harmonização orofacial, fala que atender pacientes com depressão é uma vivência comum dentro dos consultórios, porém, é necessário que se observe dois pontos. “O paciente sempre está focado nos defeitos, nós temos o papel importante na reconstrução da sua autoestima. Acolher e se colocar à disposição para ouvi-lo, exaltar seus pontos de beleza natural é o primeiro passo. O segundo, é não indicar nada que vá modificar sua aparência a tal ponto, que ele não se reconheça mais, o tratamento precisa ser bem natural e gradativo, aconselha a especialista.
Benefícios dos Procedimentos Estéticos
Os cuidados estéticos não apenas promovem melhorias na aparência física, mas também têm um impacto positivo significativo na autoestima e no equilíbrio emocional dos indivíduos. Esses tratamentos podem ajudar a ressaltar traços naturais e promover um resgate do amor próprio, contribuindo para uma reaproximação com a própria identidade.
Além do tratamento com psicólogo e o apoio da família, uma das iniciativas tomadas pela fonoaudióloga para ajudar na recuperação, foi a realização de um projeto antigo na área da estética facial. Ela conta que a decisão não foi fácil, porém, após a realização, o resultado valeu a pena.
“Eu sempre fui uma pessoa vaidosa, mas naquele momento eu não conseguia nem me olhar no espelho. Então, eu percebi a necessidade de me cuidar e aumentar minha autoestima de alguma forma, foi aí que eu fiz o preenchimento labial e coloquei o botox. Eu precisava sair de casa e o tratamento estético facial virou um propósito gostoso e satisfatório”, relata Sílvia.
Um estudo publicado na revista científica Brazilian Journal of Health Review, em 2023, revela que a toxina botulínica tipo A, dentro de seus efeitos, não é somente uma forma de amenizar rugas, mas também, “pode ser um tratamento terapêutico eficaz para depressão e outras desordens psiquiátricas, haja vista que possui efeitos colaterais pouco relevantes em comparação a outros antidepressivo”, aponta.
Outras pesquisas também demonstram que a satisfação do paciente com sua aparência melhora após procedimentos minimamente invasivos. Entre elas está o estudo sobre o "Impacto dos Procedimentos Estéticos Minimamente Invasivos nas Dimensões Psicológica e Social da Saúde”, de 2023, na qual se verificou que “um dos principais motivos para solicitar o tratamento foi melhorar o bem-estar físico e psicossocial. O desejo por melhora estética era apenas um pequeno componente de sua motivação”, avalia o estudo.
Dicas para pacientes antes de iniciar um tratamento
Essas orientações não apenas ajudam a maximizar os benefícios dos tratamentos estéticos, mas também promovem um estado mental mais saudável, contribuindo para a recuperação emocional dos pacientes em tratamento para depressão.
É importante frisar que o paciente tem todo o direito de tirar as dúvidas sobre o produto que vai ser ministrado, tempo de retorno do tratamento, avaliar a conduta e verificar a formação do profissional, para que o resultado atenda a expectativa alinhada.
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MARIA REJANE GUIMARAES E SILVA
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